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5 coisas que a estrada me ensinou sobre a minha profissão como blogueiro

BY: ABBV / 49 COMMENTS / CATEGORIES: Blogueiros, Criação de conteúdo, Mercado

Por Ricardo Freire |

Estou devendo há séculos uma pensata aqui para o site da brava ABBV. Vou aproveitar o gancho do 1º de maio, Dia do Trabalho, para algumas reflexões sobre uma profissão que eu ajudei a inventar. No dia 30 de agosto de 2005, depois de várias tentativas, larguei de uma vez por todas um empregão em publicidade para cair na estrada. Quer ser blogueiro de viagem? (©Roberta Sudbrack)

          1. Você nunca vai ser mais importante que o seu conteúdo

Por mais que você se ache a última websubcelebridade careca do pacote, blogar só vai poder virar sua profissão no dia em que o seu blog passar a ser visitado majoritariamente por gente que nunca ouviu falar de você. Não me entenda mal: se você estiver trabalhando direito, cada vez mais gente vai saber quem você é e procurar especificamente as suas dicas. Mas a quantidade de gente procurando informações de viagem na internet é infinitamente maior do que a fatia de público que pode conhecer alguém como você e eu, que não fazemos parte do elenco de Caras. (Hoje em dia, uma parcela consistente dos perguntadores no Viaje na Viagem acha que o dono do site é um sujeito que eles chamam de “o Bóia”.) Antes essas pessoas passavam na banca; hoje elas passam no Google. Ter um conteúdo que responda às perguntas feitas pelas pessoas que não te conhecem é a chave para blogar profissionalmente sobre viagem.

..........2. Nossa função: 10% inspiração, 90% transpiração (mas não do jeito que você está pensando)

Por mais que você se ache o Grande Guru Peripatético Suma Cum Laude Das Viagens Que São Uma Brastemp, saiba que você só tem a capacidade de inspirar aquela parcela limitada de público composta pelos seus leitores e seguidores fiéis. Não me entenda mal: é maravilhoso (e indispensável!) ter leitores e seguidores fiéis; um blog sem fãs é um blog sem alma. Mas na vida real funcionamos mais na etapa da transpiração: naquele momento em que o candidato a viajante vai checar, comparar e aprofundar informações, angariar segundas opiniões, decidir os finalmentes. Na maior parte das vezes somos procurados na hora de afinar uma viagem mais ou menos definida, que nasceu da pressão social, do anúncio da CVC, da reportagem da Glória Maria, do último Globo Repórter, da nova novela da Globo, do caderno de viagem da semana retrasada, da capa da Viagem & Turismo do mês e – cada vez mais – da oferta de um site de compras coletivas ou da última megapromo que saiu no Melhores Destinos. Outra fatia importantíssima da audiência vem de gente que já fechou negócio e te procura apenas para saber como aproveitar melhor a viagem. Se você estiver trabalhando direito, esse leitor que chegou na fase da transpiração vai procurar você, da próxima vez, ainda a tempo de ser inspirado.

..........3.  A interação mais valiosa é a da caixa de comentários

Eu sempre soube disso – o Viaje na Viagem virou gente em 2006, quando saí do Zip.net e a caixa de comentários do WordPress passou a mandar no conteúdo. O crescimento do blog, porém, tornou estressante a administração dos comentários (para quem responde, é o massacre da internet elétrica). A coisa chegou a um ponto tal em que eu andava distribuindo patadas a torto e a direito, ofendido por gente que perguntava sem ler o texto antes ou não demonstrava o devido respeito para com o Comandante Em Chefe das Forças Armadas Com Malas De 4 Rodinhas E Adaptadores Universais De Tomada. Foi quando caiu a ficha de que a grande maioria dos que iam parar no blog não tinha, e jamais terá, a menor idéia de quem eu seja, ou do que seja um blog (vide item 1, obrigracias). Muita humildade e muita paciência nessa hora. (Se você pegar alguma resposta mal-educada lá no blog, pode ter certeza de que sou eu, cobrindo a folga da Bóia verdadeira, e tendo uma recaída. Mas saiba também que sempre acabo levando um carão dela.) A verdade é que a caixa de comentários pode ser um tesouro para o seu blog. Os leitores mais viajados complementam, corrigem e atualizam as suas informações (sim: para cada destino que você cobrir haverá leitores que sabem muito mais que você). Os pouco viajados fornecem um termômetro dos assuntos que precisam ser abordados, ou de que jeito precisam ser apresentados. É um privilégio contar com esse feedback espontâneo e armazenável. No mundo físico, empresas investem fortunas em pesquisas e grupos de discussão como os que mantemos sem custo. Cultivar a caixa de comentários para além do troca-troca de elogios entre blogueiros dá um trabalhão – mas você ganha um focus group permanente e valiosíssimo, que vira co-autor do seu conteúdo e torna o post ainda mais relevante e buscável.

P.S.: não tente fazer isso no Twitter ou no Facebook...

..........4.  Pouca gente simpatiza com a idéia de que você ganha dinheiro para fazer o que faz

Na blogosfera de língua inglesa, o que não falta são blogueiros que abandonaram tudo para viver na estrada, aproveitando a vida e vivendo do blog. Sinceramente, não sei se temos mercado no Brasil para esse diletantismo remunerado. As pessoas podem até admirar a sua coragem e curtir o seu estilo de vida, mas têm muita dificuldade em lidar com o fato de que viajar incessantemente possa ser uma fonte legítima de renda. Não me entenda mal: não estou dizendo que concordo com isso, estou apenas relatando o que vivo. A cada etapa de profissionalização no Viaje na Viagem senti reações negativas; até hoje existe quem ache que ganhar para blogar é trair a causa dos viajantes e das viagens. Mas eu não me considero um diletante – na verdade, nunca trabalhei tanto na vida (quer ser blogueiro de viagem?). Não estou no ramo de viajar sem parar; estou no negócio de ajudar cada vez mais gente a viajar melhor, publicando conteúdos úteis em português do Brasil que as séries de guias, os portais, os jornais e as revistas ou não produzem ou não põem à disposição na internet – e de quebra, ainda dou assistência técnica na caixa de comentários. Começa a aparecer quem entenda que isso possa ser uma profissão remunerada.

Enquanto não somos idolatrados pelo público geral (acho que nunca seremos), gostaria de pedir aos colegas que não queimassem o filme da classe. Compostura, pessoal. Deslumbrem-se com os destinos, não com os convites. Tentem entender a linha tênue que separa a informação do exibicionismo. Não transformem seus perfis do Twitter num #Grande #Feirão do #Hashtag de #Baciada. (Dica do tiozinho: a geolocalização da foto já faz todo o serviço de divulgação, sem que você precise pesar a mão.) Usem o Instagram para dar carona ao seguidor na sua viagem – não para tentar tornar a sua audiência refém de uma campanha publicitária. A propósito: não tratem suas viagens a convite como campanhas de varejo. (Varejo é outra coisa: se justifica com preço, com promoção, com concurso, com prêmio.) Tuíte, instagrame e facebookeie quando tiver algo bacana para mostrar ou contar, e não porque está na hora de mais uma postagem para atingir o volume combinado. Façam dos seus perfis de mídias sociais uma janela para o mundo, não mais um albinho de Facebook com os melhores momentos da festa. #prontohashtagueei

..........5.   Vai por mim: mais conteúdo, menos buzz

 A sua mídia social mais importante é... o seu blog. Com ele você atinge seus seguidores, seus fãs e mais todo um mundaréu de gente que não te encontraria em nenhuma outra mídia. Porque (vide o item 1 de novo) essa gente não está te procurando: está procurando o teu conteúdo.

Já o seu Twitter, o seu Instragram e o seu Facebook falam apenas com uma elite superviajante. (Desses, o Facebook é o que tem maior potencial para ir além, atingindo também gente fora do nicho.) Quem te segue nas mídias sociais são formadores de opinião de viagem, viajantes obsessivos, consumidores ávidos de informação de viagem. Não é muita gente. Nossos 2, 3, 5, 10, 20 mil seguidores não fazem cosquinha nos trending topics. No universo de blogs de viagem, o único Twitter capaz de influenciar o mercado é o @passagensaereas, com seus 400.000 de followers (e incríveis 2 milhões de fãs no Facebook). Por quê? Porque trabalha com alerta de promoções, e ninguém é besta de querer perder uma promoção.

Tenho uma teoria sobre por que somos relativamente tão pouco seguidos nas mídias sociais. Acho que, fora do nicho dos viajandões apaixonados, que formam o núcleo duro constante da nossa audiência, pouca gente tenha estrutura para receber tanto estímulo de viagem quanto o que produzimos. A capacidade do ser humano de classe média de consumir moda, comida, música ou esporte é infinitamente superior à sua capacidade de consumir viagens. Por isso somos mais procurados pontualmente por um público enorme, mas que se alterna ao longo do ano. Ouço toda hora de gente que me reconhece na rua: “Não viajo sem entrar no seu blog!”. Ainda tô pra ouvir “Vi seu Instagram da Bahia, não me agüentei e vim correndo”.

Por experiência própria, e para não nos esborracharmos perante o mercado publicitário, sugiro maneirar esse esforço de tornar padrão uma pretensa métrica de barulho no Twitter. Multiplicando número de tuítes pelo número de seguidores dos participantes de uma viagem-tuitaço chega-se apenas a um relatório impressionante, cheio de zeros à direita, que o agenciador dos blogueiros vai apresentar à entidade convidante. Mas na vida real está todo mundo falando para as mesmas pessoas, que terão tido a chance de acrescentar mais um destino à sua interminável bucket list.

Não me entenda mal: desde que feito com inteligência e elegância, buzz não faz mal não – sobretudo porque está atingindo formadores de opinião. Só que o buzz tende a evaporar rapidinho. O que interessa é o conteúdo que será produzido na volta. Esse sim é relevante.

Acho que já passei dos 140 caracteres e excedi o meu próprio limite de hashtags. Fico por aqui. E se algum desconhecido te parar na rua e oferecer um “Não viajo sem entrar no seu blog”, isso é conteúdo. Feliz Dia do Trabalho, coleguinhas!

Foto: Svilen Milev | Stock.Xcnhg

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Ricardo Freire é Turista Profissional no Viaje Na Viagem e Diretor de Comunicação da ABBV. 

 

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ABBV anuncia a contratação de assessoria jurídica para os associados

BY: ABBV / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Comunicação ABBV, Mercado, Parcerias

Já em ritmo de comemoração pelo aniversário de um ano da associação, a ABBV, orgulhosamente, anunciou durante o 1º Encontro de Associados – realizado no Mercure Jardins,em São Paulo– a contratação de uma assessoria jurídica especializada em Direito Digital.

A advogada, Flavia Penido, um dos maiores nomes da área no Brasil, vai orientar os associados através de um fórum no site da ABBV ou através de grupo, específico para tirar dúvidas sobre o tema, a ser criado no Facebook exclusivo para associados.

A Dra. Flavia vai instruir como proceder em casos simples e na elaboração de documentos de uso comum dos associados em relação a notificações extrajudiciais sobre plágio ou uso indevido de imagens, por exemplo. A assessoria se dará em termos genéricos, não resultando em prestação de serviços advocatícios específicos para cada associado.

A assessoria prevê, ainda, a intermediação e representação da ABBV junto a órgão como o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) sempre que esteja dentro dos interesses da associação. Além disso, a advogada dará sugestões para os associados sempre tendo em vista a legislação em vigor, como o Código do Consumidor e a Regulamentação sobre Comércio Eletrônico.

Associado, ABBV: essa conquista é sua. Nosso espaço é colaborativo e, por meio do seu interesse em fazer parte da nossa história ,a ABBV se consolida no mercado como referência na defesa e regulamentação dos blogs de viagem.

#GoABBV \O/

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#ABBVnaWTM – Blogueiros de viagem e as organizações de marketing turístico

BY: ABBV / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Mercado, WTM Latin America

Por Sílvia Oliveira

Um dos painéis realizados na WTM – Latin America  2013 discutiu a relação do blogueiro de viagem com as empresas (públicas ou privadas) que coordenam a gestão de destinos.

A sessão, moderada por Oliver Gradwell (fundador da TBU – Travel Blogger Unite), teve a colaboração dos blogueiros Keith Jenkins e Melvin Bocher (fundadores da iAmbassador), Claudia Saleh (fundadora da Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem) e Michael Steuer (representante da GNTB – German National Tourist Board, uma organização de marketing que trabalha para o governo Alemão).

Michael abriu o diálogo contando que a GNTB está concentrada em atrair viajantes jovens para a Europa e, principalmente, para a Alemanha. Eles criaram um mapa interativo (www.germanytravel.com) com os lugares mais badalados do país. A ideia é promover Youth Travel (Viagens para Jovens) assim como Youth HotSpots (Atrações para Jovens). O representante da GNTB destacou que o Brasil envia cada vez mais turistas à Alemanha e que, em 2012, houve um aumento de 18% de viajantes brasileiros por lá em relação ao ano anterior.

Claudia lembrou que os blogueiros tentam se organizar cada vez mais para divulgar suas cidades, o lugar onde vivem, como aconteceu com o Curitiblogando, uma iniciativa dos blogueiros da capital do Paraná que busca promover o destino.  Keith Jenkins abordou o case da ação que levou blogueiros para a Jordânia. Destacou que quando o blogueiro gosta do destino, fica fiel a ele, levando-o a escrever sempre sobre aquele lugar. Já Melvin comentou sobre o BlogVille - Emila Romagna, uma experiência promovida pelo órgão de turismo local que cede um apartamento para blogueiros selecionados passar uma ou duas semanas na região.

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Associados da ABBV compõem mesa de debate no II Salão Baiano de Turismo

BY: ABBV / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Comunicação ABBV, Eventos, Mercado

O Salão Baiano de Turismo é a principal ferramenta de marketing para a venda de destinos regionais do estado. O evento conta com standes das 13 regiões turísticas da Bahia e de alguns municípios de destaque. São mais de 1,2 mil profissionais credenciados, entre expositores, compradores e representantes de produtos turísticos.

O pavilhão do Centro de Convenções da Bahia, em Salvador - onde acontece o salão - conta ainda com divulgação de empresas baianas que fazem receptivo turístico, Cozinha Show e até uma feirinha de artesanato típico.

Juntamente com o II Salão de Turismo Baiano acontecem a 22ª BNTM – Brazil National and Tourism Market  e a III Feira da ABAV-BA. Além de manifestações culturais, os visitantes terão acesso a rodadas de negócios com operadores nacionais e internacionais.

Um dos principais atrativos do evento é a Maquete Bahia, um tablado em tamanho gigante representando todas as zonas turísticas do estado por onde o visitante poderá caminhar e visualizar os pontos de interesse.

No Núcleo do Conhecimento acontecem palestras e mesa de debates com profissionais da área. Hoje, às 16h30, no Auditório Menininha do Gantois, blogueiros associados da ABBV participam do debate sobre a influência dos Blogs de Viagem na tomada de decisão do turista.

A mesa será formada pela Presidente da ABBV e blogueira do Matraqueando, Sílvia Oliveira, Natalie Soares do Sundaycooks, Janaína Calaça do Jeguiando, Raphaella Aretaki do Rapha no Mundo e Ricardo Freire do Viaje na Viagem, mediador da discussão.

Logo após a palestra, será feito o lançamento do livro Papo de Viagem e Outras Histórias – das blogueiras Janaína Calaça e Clarissa Donda, ambas associadas à ABBV. A noite de autógrafos será no Stand da SETUR, às 19h.

INFORMAÇÕES

II Salão Baiano de Turismo

Quando: 11 a14 de abril de 2013

Horário: 14h às 20h

Entrada franca (as inscrições pelo site estão encerradas, mas os interessados poderão fazer o credenciamento na hora).

Veja também:

ABBV participa de debate sobre turismo e mídias sociais na Campus Party 2013

ABBV em importante debate da Social Media Week

ABBV apresenta manual de boas práticas no encontro da Resorts Brasil

ABBV participa de encontro inédito entre blogueiros de viagem  e o Ministro do Turismo em Brasília

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EUA confirma pioneirismo da ABBV e lança manual de conduta para blogueiros de viagem

BY: ABBV / 3 COMMENTS / CATEGORIES: Criação de conteúdo, Mercado

A US Federal Trade Commission - FTC (Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos) acaba de lançar diretrizes que estabelecem parâmetros mais rígidos de transparência na relação dos blogs de viagem com seus leitores. Agora a FTC exige que os blogueiros informem com clareza e de maneira explícita que o conteúdo editorial publicado é resultado de uma Press Trip. Essa exigência passa também pelas mídias sociais.

A proposta do órgão norte-americano é evitar que o consumidor seja enganado ao ler informações que, a princípio, são um endosso do blogueiro baseado em uma cortesia. A comissão orienta, inclusive, que o blogueiro use no Twitter a hashtag #presstrip quando a mensagem levar a um conteúdo patrocinado. Ou seja, não são apenas os posts nos blogs que precisam informar claramente que o blogueiro viajou a convite. Um tweet divulgado pelo blogueiro também precisa deixar isso bem explicadinho. No Brasil, até onde sabemos, é costume de alguns colocar a abreviação #ad em tweets pagos. Mas, talvez, não exista ainda um termo para destacar que aquela mensagem é derivada de uma viagem paga, por exemplo.

A regularização do mercado de blogs de viagem é uma tendência. Cabe ressaltar que a ABBV, primeira associação de blogs de viagem das Américas, foi pioneira ao lançar um Código de Ética que reforça essa conduta. O documento elaborado pela FTC confirma o que a ABBV defende desde sua fundação, há quase um ano. Ainda é uma conquista para o nosso mercado a ampla adoção da prática de identificar um post pago ou uma viagem feita a convite. Nem todos os blogueiros já embarcaram.

Para a ABBV, no entanto, essa boa prática tem sido uma bandeira levantada desde o primeiro momento: clareza na relação com os leitores, demonstrada através da informação simples, direta e visível de que o blogueiro viajou "a convite" ou de que aquele texto que está sendo lido é um publieditorial.

O tópico “Transparência com os leitores” do código da ABBV destaca:

1) Em caso de contrato de publieditorial, o blogueiro deve sinalizar para o seu leitor que trata-se de um texto publicitário, seja através de um banner ou de sinalização no início ou no final da postagem;

2) Em caso de viagens patrocinadas (fam trips/ press trips), o blogueiro deve pontuar no texto (no início ou no final), assim como no caso de um publieditorial, que trata-se de uma ação de marketing e sinalizar a empresa envolvida;

3) Em caso de viagens patrocinadas, o blogueiro deve pontuar, antes do início da ação, que a publicação de material deverá respeitar o comprometimento com a veracidade das informações, ou seja, que a postura crítica do blog deverá ser respeitada. O blogueiro não poderá ser tolhido de criticar pontos de atenção, que precisam ser revistos;

4) Em caso de publicação de releases enviados por assessorias de imprensa, o blogueiro deve sinalizar a fonte do material e não se apropriar do texto como se fosse seu;

5) Em caso de recebimento de comissão de empresas indicadas no blog, o blogueiro deverá deixar claro para o leitor quais são as empresas que lhe remuneram.

Como vemos, a novidade que está sendo anunciada agora pela americana FTC não é, portanto, nenhum susto para a ABBV e seus associados. O texto publicado no site especializado Tnooz sobre as novas regras nos EUA sugere: “Parece que o mais seguro para os blogueiros americanos é colocar a expressão #presstrip nos tweets relevantes nos quais eles recomendam algum produto ou experiência que tenham recebido de graça”.

Exagero? Ou um passo necessário para educar um mercado que, por enquanto, convive com variados estilos de postura ética?

Leia mais:

Código de Ética da ABBV

FTC Document (em inglês)

Foto: Stock Xchng

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ABBV apresenta manual de boas práticas no encontro da Resorts Brasil

BY: ABBV / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Comunicação ABBV, Mercado

A ABBV participa do IV Encontro de Tecnologia, Análises Estratégicas e Oportunidades — promovido pela Resorts Brasil, hoje e amanhã, na capital paulista. A presidente  Sílvia Oliveira e a Diretora de Relações com o Mercado, Elisa Araújo, vão apresentar os resultados da pesquisa “A influência dos blogs de viagem sobre o turista brasileiro” e uma sugestão de boas práticas de relacionamento entre resorts e blogs de viagem.

A ideia é estabelecer critérios e parâmetros nas ações propostas pelos resorts como respeitar a independência editorial do blogueiro, conhecer a atuação e perfil do site convidado e, principalmente, incluir os blogs nos planos de mídia desses empreendimentos.

O encontro é exclusivo para os hotéis associados à Resorts Brasil e busca debater as novas tendências e tecnologias disponíveis no mercado. A programação prevê, ainda, o debate sobre a Ficha Nacional de Registro de Hóspede e a política de cortesia para crianças. O evento vai trazer, também, uma análise sócio-econômica sobre as oportunidades do setor.

Além da presidente e da Diretora de Relações com o Mercado, a ABBV será representada pelo Diretor de Fotografia , Marcio Nel Cimatti e pelo Diretor de Tecnologia, Frederico Marvila.

SERVIÇO

IV Encontro de Tecnologia, Análises Estratégicas e Oportunidades | Resort Brasil

Quando: 04 e 05 de dezembro de 2012

Horário: 9h às 17h

Local: SENAC Aclimação | Rua Pires da Mota, 838 | São Paulo-SP

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Foto: Mac Pale | Stock Xchng

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Carta aberta ao mercado – Sobre os projetos dedicados a divulgar o Brasil

BY: ABBV / 27 COMMENTS / CATEGORIES: Comunicação ABBV, Mercado

Sobre os projetos de blogs de viagem dedicados a divulgar o Brasil

Os últimos anos viram um espantoso desenvolvimento no mercado de viagens online no Brasil, segmento que engloba tanto os sites de venda de passagens, de reservas de hospedagem quanto os sites e blogs de conteúdo. No caso dos blogs de viagem, o crescimento é assombroso e levou a uma organização por parte dos blogueiros, quer em grupos para troca de experiências quer em entidade formal, como é o caso da ABBV - Associação Brasileira de Blogs de Viagem, fundada em maio de 2012.

Recentemente, a iniciativa do Ministério do Turismo de reunir blogueiros de viagem em Brasília, para um encontro com o Ministro Gastão Vieira, mostra o reconhecimento da importância dos blogs de viagem como difusores de informação e influenciadores nas decisões dos viajantes. Saudamos em especial o oferecimento por parte do MTur, através de sua área de mídias sociais, de apoio de divulgação a projetos de blogueiros que se proponham a promover o Brasil e gerar mais conteúdo de viagens dentro do nosso País.

Nós, blogs associados da ABBV, vemos com grande alegria esse reconhecimento do mercado em que a atuamos, mas também observamos com receio determinadas iniciativas individuais que se apresentam como representantes de todos os blogueiros de viagem. Nesse sentido, a ABBV, em nome de seus 53 associados, vem a público esclarecer que o projeto "Brasil, um mundo a ser explorado" (nas mídias sociais sob a hashtag #VisitandoBR), de realização do portal Embarque na Viagem, que recebeu apoio de divulgação nas mídias sociais por parte do MTur, é apenas mais uma das iniciativas sendo realizadas neste momento. Não se trata, portanto, de um "projeto oficial" e nem de um projeto que represente ou selecione os blogueiros de viagem do Brasil.

Outros excelentes projetos de blogs de viagem voltados para a divulgação do Brasil através de viagens pelo País com o objetivo de produção de conteúdo existem há alguns anos ou foram lançados há alguns meses, tais como "Descobrindo o Brasil", do Pedro Serra, do blog Sem Destino, e do Atila Ximenes, do blog Vou Contigo (nas mídias sociais sob a hashtag #DescobrindoBR), o Expedição Brasil Express, da Silvia Oliveira, do blog Matraqueando (nas mídias sociais sob a hashtag  #expedicaobrasil), e o VnVBrasil, do Ricardo Freire, do blog Viaje na Viagem (nas mídias sociais sob a hashtag #vnvbrasil). Cada um desses projetos, se os blogueiros assim desejarem, poderá solicitar apoio de divulgação nas mídiais sociais ao MTur - diretamente, sem intermediários.

Gostaríamos ainda de ressaltar que blogueiros de viagem vêm produzindo regularmente há anos conteúdo original e de qualidade sobre o País, embora esse conteúdo não esteja apresentado ao público de maneira organizada como "projeto". Nesse sentido, discordamos veementemente da afirmação generalizante de que muitos membros da blogosfera de viagem e turismo "se prendem somente a informações institucionais que constam nos sites das secretarias de turismo", motivação apresentada pelo portal Embarque na Viagem para a criação do seu próprio projeto. Saudamos a produção de conteúdo original sobre o Brasil por parte dos blogueiros brasileiros de viagem, quer sejam eles associados da ABBV ou não.

Entendemos que o destaque que vem sendo dado ao Brasil nos últimos anos, especialmente em função dos grandes eventos que hospedaremos nos próximos anos, motiva o interesse pelo segmento de viagens na internet e tem levado ao surgimento de várias iniciativas, com objetivos comerciais ou não. Tal movimento apenas reforça nossa visão de que o segmento de blogs de viagem precisa buscar a profissionalização com base na ética e na credibilidade.

Silvia Oliveira

Presidente da ABBV

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Klout e as tentativas de quantificar a nossa influência nas redes

BY: ABBV / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Criação de conteúdo, Mercado

Por Natalie Soares Ruano |

Algoritmos são realmente capazes de determinar a nossa influência nas redes sociais? Precisamos realmente mensurar como os nossos comportamentos e gestos impactam outras pessoas dentro de um determinado seguimento? É dessa necessidade latente de quantificar a importância de uma pessoa que surgiram algumas ferramentas que tentam determinar e mensurar esse tipo de característica.

Mas afinal de contas, o que é o Klout mesmo?

O Klout é uma ferramenta que calcula a relevância (palavra da moda) de uma pessoa dentro de diversas redes sociais como Twitter e Facebook. Essa ferramenta mensura sua influência e popularidade de acordo com o seu número de seguidores, frequência de postagens, likes, retuítes, shares, comentários e até mesmo o Klout score dos seus amigos.

É importante reconhecer a estrutura, a capacidade e as limitações do Klout, mas será que ele é capaz de determinar a verdadeira influência de um usuário dentro do seu universo?

Algumas notícias pipocaram contando ações promocionais e festas que só aceitavam pessoas que tivessem uma determinada pontuação no Klout. Um artigo publicado em Abril deste ano na conceituada revista Wired chegou até a relatar a história de um alto executivo que teve uma oportunidade de emprego recusada no exato momento em que o recrutador viu seu Klout Score.

Já fiquei imaginando uma coordenadora pedagógica dizendo assim para mim: “desculpe-me, senhora, mas não podemos matricular seu filho na nossa escola, porque o Klout dele está abaixo das nossas expectativas.” Imagina se a moda pega? o.O

Brincadeiras à parte, consultei alguns profissionais respeitados no mercado e que, de maneira muito solícita, contribuíram para enriquecer esse artigo com seus diferente pontos de vista sobre o Klout:

Alexandre Inagaki  - Consultor de mídias sociais e Produtor de conteúdo

“O Klout é apenas mais um dentro dos diversos parâmetros para quem deseja compreender melhor qual é a influência de uma pessoa em redes sociais.

Porém, creio que já foi uma ferramenta mais eficaz nesse sentido; depois que passou por mudanças de algoritmo, a impressão que tenho é de que o Klout acabou por se tornar uma espécie de incentivo para que pessoas passem mais e mais tempo compartilhando conteúdos em redes sociais, incluindo domingos e feriados, uma vez que a ferramenta passou a supervalorizar perfis que são atualizados dezenas de vezes por dia. (o Klout) Gameficou, pois, a presença online de heavy users que acabam sendo estimulados a passar o tempo todo atualizando suas contas, incorrendo no vício de buscarem mais e mais RTs, likes e compartilhamentos; um comportamento que nem de longe é dos mais saudáveis.

No fim, recordo um provérbio chinês: "Com um relógio você sabe que horas são; com dois, passa a ter dúvidas." Klout até ajuda a fazer um mapeamento de perfis relevantes, mas nem de longe é a única ferramenta que um bom analista deve recorrer se quiser ter noção da influência online de alguém, vide outras alternativas online como TweetLevel  e PeerIndex.”

Rodrigo van Kampen - Conteúdo e Mídias Sociais da Agência Eiffel

“Não acho que o Klout seja extremamente relevante para identificar os perfis mais relevantes dentro de uma categoria ou assunto, já que seu 'placar' tem a ver com números (de seguidores, contatos e interações).  Não acredito que só os números sejam suficientes para identificar os maiores influenciadores, já que muita gente com um poder de influência enorme não tem números tão grandes quanto "estrelas" do setor.  No entanto, os seus poucos seguidores são justamente aquelas pessoas mais importantes do mercado.

Ou seja, o Klout não é fundamental.

Ele tem, no entanto, duas funções interessantes: Primeiro, identificar as estrelas do setor em números. (Ou seja, aqueles com boas quantidades de seguidores e contatos, não necessariamente os mais relevantes).  Segundo, ele é ótimo para filtrar perfis "fakes" ou com seguidores comprados, usuários com muitos seguidores e relevância nula, que terão um score baixíssimo na ferramenta.

Há um tempo, escrevi um pouco sobre o assunto. Nesse post há um gráfico que resume minha opinião:”

O que é Hub Social?

Edney Souza - VP de Publishers na Boo-box

“As principais vantagens do novo Klout é a inclusão de novas redes sociais. Apesar de permitir que o usuário associe ao seu perfil os dados de várias redes ele só usava Twitter/Facebook e Google+.

Agora Linkedin, Foursquare e o próprio Klout passam a ser utilizados.

Ainda tem alguns problemas nesse algoritmo do Klout? Sim. Redes super movimentadas para algumas pessoas como Instagram e Tumblr não entram na equação ainda, mas ele consegue manter uma fórmula mais aceitável do que seus concorrentes como Kred e Peerindex.

Métricas e ferramentas que nos ajudam a filtrar elementos e características da nossa presença digital são importante, sim, mas nada substitui uma profunda analise qualitativa, por mais evoluído que seja o script analítico. O Klout pode ser um ponto de partida para a saciar a sede de quantificar comportamentos e influências, mas nunca pode ser a palavra final.”

Agora, uma pausa para outros textos e opiniões sobre o assunto 😉

Pega no meu Klout e balança! O post definitivo... escrito pelo Fábio Rex para o Youpix

You must have a Klout score of 40 or more to get into this Fashion’s Night Out party - artigo publicado no The Next Web em setembro de 2011

Does Klout Measure Influence Accurately? - escrito por Lindsey Harper Mac para o site jeffbullas.com

Klout, PeerIndex, Grader, la realidad de todos los índices de influencia Social Media - escrito por Jorge Ávila

What Your Klout Score Really Means

Imagem: Divulgação Klout

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Natalie Soares Ruano é publicitária, produtora de conteúdo digital e Diretora de Mídias Sociais da ABBV. Escreve no blog Sundaycooks com dicas de viagem e tecnologia.

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A Era do Crtl C + Crtl V: considerações sobre cópia de conteúdo em blogs

BY: ABBV / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Comunicação ABBV, Criação de conteúdo, Mercado

Por Janaína Calaça |

Na internet, tudo está à mão. Informações, serviços, contatos, entre tantos pontos que fez da internet um grande facilitador para o nosso cotidiano corrido e dinâmico. Por estar tudo à mão, pela grande facilidade e acessibilidade, muitos usuários acabam desvirtuando a sua utilização e passando adiante a ideia errônea de que a internet é "terra de ninguém" e que tudo que está disponível, principalmente no que diz respeito a artigos, literatura, informações, nasce de geração espontânea ou de chocadeira e não possui autor - aquele ser que dedica horas do seu dia para produzir conteúdo, para publicar um texto, por exemplo.

Não sei qual é a lógica aplicada à internet no que diz respeito à supressão do autor de um texto, por exemplo, mas acredito que muitos usam da filosofia do "achado não é roubado". Como temos informações disponíveis facilmente, muitos acreditam que, depois de uma busca no Google e de um Crtl C + Crtl V, um texto, por mágica, deixa de ter um autor e passa a domínio público - qualquer pessoa pode copiar e até assinar o texto, substituir autor, apagar o trabalho do outro.

Outro dia, um blog copiou trechos inteiros de um artigo que eu havia publicado e somou a ele trechos de outro blog. Pronto! Com os trechos retirados do meu artigo e os trechos retirados do artigo do outro blog, surgiu um Frankstein! Nossos blogs só apareciam no fim deste novo post, mas não ficava claro ao leitor se o blogueiro usou nossos textos como fonte de pesquisa ou se tratava de uma cópia. Questionado, o responsável pelo blog me diz que fez tudo como manda o roteiro. Citou as fontes, como se estivesse fazendo um grande favor. Citar a fonte não é favor, é dever!

No final de todos artigos de meu blog há um aviso sobre os textos estarem protegidos pela Lei do Direito Autoral. Ou seja, é proibida a reprodução sem prévia autorização. Na Era do Crtl C + Crtl V, as pessoas copiam os textos e ainda se ofendem quando o autor descobre a apropriação indevida e solicita a retirada do artigo do ar. Já ouvi absurdos do tipo: - "Ei, antes de reclamar, pense que estou fazendo um favor a você, divulgando o seu trabalho". Ei, amigo... Desculpe dizer, mas não é assim que a banda toca e de boas intenções o inferno está cheio!

Encontrou um texto interessante e quer compartilhar com seus leitores? Não custa nada fazer uma pequena introdução com suas palavras e linkar o artigo que você quer compartilhar. Gostou de um parágrafo de um texto e quer utilizá-lo em seu post, por exemplo, para ilustrar algo que você está abordando, cabe perfeitamente uma pequena fórmula baseada em {segundo fulano de tal + abre aspas + copia o trechinho + fecha aspas + linka o artigo}. O que não dá é copiar um texto inteiro e só citar a fonte, sem deixar claro se aquele post que você publicou foi inspirado em outros textos ou se trata de uma cópia.

Enquanto muitos se preocupam apenas com SEO e se o Google vai indexar seu post ou não, antes de tudo isso deve vir a preocupação em ser ético com o outro. Aquele texto que você encontrou em uma busca, que copiou e colou no seu espaço, pode ter exigido horas de muito trabalho e de pesquisa. Por trás daquele texto, há alguém que trabalhou para aquele conteúdo estar no ar. Da mesma forma que você não pode pegar um livro em sua estante e republicá-lo assinando o seu nome e, consequentemente, se apropriando de uma obra, use a mesma lógica quando pensar no que está disponível na internet. Informação deve ser compartilhada, mas seus autores devem ser sinalizados sempre e de forma clara! Não há problema em copiar um trecho, mas este deve vir sempre entre aspas, com o autor ou a fonte sinalizados e, por fim, linkados, para que o seu leitor conheça o texto no seu lugar de origem. Com mudanças simples de perspectiva, podemos, aos poucos, minar esta cultura do Crtl C + Crtl V, que nos condena à uma Era de replicações infinitas.

Foto: Stock.Xchng | Image Bank

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Janaína Calaça é blogueira e escritora. Fundou o blog  Jeguiando em 2008.

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Seminário Viajosfera: encontro reúne quase 200 blogueiros de viagem no Rio de Janeiro

BY: ABBV / 2 COMMENTS / CATEGORIES: Blogueiros, Dados do setor, Mercado

Foi o maior encontro realizado no país voltado aos blogueiros de viagem. O Seminário Viajosfera, realizado pelo pioneiro Viaje na Viagem na semana passada, promoveu debates e palestras em torno dos temas que mais causam dúvidas entre os profissionais do segmento.

O 1º Seminário Internacional de Blog de Viagem se consolidou como um espaço para troca de experiências entre os sites e profissionais de Marketing e Relações Públicas, além de criar uma palpável rede de networking entre os participantes.

O jornalista Seth Kuguel, blogueiro de viagem do The New York Times, abriu o evento com uma palestra divertida e esclarecedora. O @frugaltraveler destacou a importância da isenção do blogueiro ao relatar suas vivências, sem deixar se influenciar por um eventual patrocínio que a viagem possa ter.

Já Guto Rocha, um dos sócios da Pmweb e associado honorário da ABBV, reforçou a necessidade de isenção de quem escreve, mas destaca que o blogueiro deve ser responsável sobre o que publica. Guto levou um estudo feito pela rede Marriot que revela: o viajante visita, em média, 23 sites antes de fechar uma viagem.

O advogado Sérgio Branco, doutor em Direito Civil e especialista em propriedade intelectual,  falou sobre Direitos Autorais em uma das palestras mais esperadas pelos blogueiros: “De quem é conteúdo, afinal? Entendendo o Direito Autoral na Internet.” Sérgio confirma e ratifica que a Internet não é dona de nada. “Nem o Google”, diz.  O advogado ressaltou, ainda, que sempre é necessário pedir autorização ao autor para usar a obra dele em quaisquer modalidades e que a reprodução só pode ser feita, em pequenos trechos, para uso privado do copista, sem intuito de lucro. Outro ponto importante destacado por Sérgio é que quando o autor permite o uso da obra em creative commons deve dizer quais são os critérios para a utilização.

A Chef Roberta Sudbrack, com mais de 35 mil seguidores no Twitter (@RobertaSudbrack) trouxe essa experiência no debate “Cultivando comunidades – Como cuidar da comunidade que se formou em torno do seu blog”. Ao lado dela, o turista profissional Ricardo Freire, dono de uma das maiores comunidades de viajantes do Brasil tanto no blog dele quanto nas redes sociais.

No debate com as empresas de RPs e Marketing o tema “Jabá ou não jabá, eis questão” também gerou várias perguntas e curiosidades na plateia. Ana Davini da AD Comunicação explica que é importante o blog ter um mídia kit para oferecer às empresas de relações públicas e assessorias de imprensa. “É o primeiro passo para que a gente possa analisar e conhecer o perfil do blog”.

O seminário, que teve o apoio institucional da ABBV, também trouxe a questão da monetização de blogs. O tema foi dividido em dois tópicos: a experiência de quem criou produtos para o consumidor final e formas tradicionais de ganhar dinheiro como publicidade, patrocínio e e-commerce. O debate teve a presença de blogueiros que criaram guias de viagem,  e-book ou impressos, produtos vendidos diretamente nos blogs sem a intermediação de editoras tradicionais.

Os precursores da Internet no Brasil, Edney Souza (Interney) e Alexandre Inagaki (Pensar Enlouquece) falaram sobre conquistar e manter a audiência. “O blogueiro deve evitar fazer post patrocinado sobre um assunto que ele não aborda comumente no blog", comentou Inagaki. Leonardo Marques do bem-sucedido Melhores Destinos – primeiro blog do mundo a alcançar um milhão de fãs no Facebook — deu dicas práticas: “Adsense mais  venda direta funciona! O programa de afiliados é bom para ser usado como complemento". Richard Svartman, do Mundi, explicou detalhadamente como funciona o programa de afiliados do grupo e anunciou uma parceria com a ABBV: nossos associados terão uma remuneração diferenciada do Mundi.

Fotos: Marco Ferraz

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