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Entrevista da Semana | Ana no Mundo

BY: ABBV0 COMMENTS CATEGORY: Blogueiros

Queremos que você descubra um pouco mais da história de cada um dos associados da ABBV e viaje melhor com as dicas bacanas que todos têm para oferecer! Na entrevista dessa semana você vai conhecer a blogueira Ana Célia Cavalcanti do Blog Ana no Mundo.
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1. O que levou você a escrever um blog de viagens? E porque escolheu este nome?
Bom, pra começar a conversa, viajar, escrever e pesquisar é um tripé que sempre fez parte de minha vida. Como?
Viajar - Nesse quesito, tive muita sorte. Desde criança viajava muito com meus pais. Já adulta, “carregava” meus filhos comigo. Cultura passada de pais a filhos. A universidade também me proporcionou viagens para congressos e cursos. Viajava a lazer e a trabalho... Fiz meu doutorado em Madrid, e na Europa as viagens se aceleraram.
Escrever – Sempre quis escrever sobre as viagens, mas só escrevia “na mente”, durante o percurso do trabalho para casa (ou vice-versa) e até durante o banho (em vez de cantar “escrevia”, hehehe)... Conversava com amigos e comigo mesma... Escrevia sim, mas eram artigos técnicos e científicos (fui professora e pesquisadora da Universidade Federal do RN por mais de trinta anos). Adorava pesquisar e escrever sobre os resultados, mas também queria registrar assuntos diferentes e mais informais. Meus primeiros passos na “escrita” de viagens aconteceram através de e-mails para a família e amigos. Em 2009, ao me aposentar e após uma viagem pelo Caminho de Santiago, criei um blog (o qual relancei em 2013 com uma nova “cara” e novo endereço). Depois, escrevi um livro sobre o Caminho de Santiago e mais outro sobre minhas vivencias pela Big Apple. E, vou seguindo por esse caminho...
Pesquisar – Atualmente continuo minhas pesquisas (que já fazia na área acadêmica), e agora para subsidiar viagens. Minha experiência com a pesquisa cientifica facilitou muito pesquisar sobre viagens.
Nome do Blog - Um dos meus filhos sugeriu o nome “ananomundo”. Ele sabia que viajar pelo mundo me fazia feliz...

2. Qual é o seu perfil como viajante, o que você busca quando pega a estrada?
Gosto de quase tudo. De aventura, de luxo, do rústico, do simples, de viagens “normais”... Procuro ir além de conhecer os pontos turísticos, buscando conhecer o “modus vivendi” local e tentar vivenciar isso na prática. Quando posso, fico mais tempo curtindo um só lugar!

3. Destaque três posts de que você mais gosta e conte-nos o porquê.
Difícil escolher... Gosto de cada um, por motivos diversos. Mas posso dizer que gosto muito dos meus posts de aventura porque me sinto mais viva cada vez que volto a ler os mesmos. Por exemplo:
O Caminho de Santiago a pé – Sempre quis fazer o Caminho, mas faltava “decisão”. Em finais de 2008, estava em Madrid quando uma amiga me mostrou fotos do trecho que ela havia feito. Minha primeira motivação foi simplesmente fazer uma viagem diferente. As demais foram aparecendo ao longo do tempo do planejamento, como curtir a gastronomia e tentar melhorar meu lado religioso. Gostei tanto que já fui duas vezes (dois trechos diferentes: pela Galícia em 2009 e pela região de Navarra em 2013).
O Canal de Midi by Bike - Em meados de 2006, li sobre o Canal de Midi no sul da França. Num primeiro momento pensei em fazer o Canal de barco, como recomendava a reportagem. Fiquei apaixonada pelas fotos e todo ano “sonhava” em fazer a tal viagem. Após o Caminho de Santiago já estava pensando em fazer outra viagem de “aventura” e elegemos o Canal de Midi. Como tenho a mania de planejar as viagens, vi que, além de barcos, as bicicletas eram outro meio escolhido pra cruzar o sul da França, beirando esse canal. Então, dessa vez fomos de bike, até porque, a essas alturas, a bike já fazia também parte da minha vida!
• E, também acho legal os posts sobre uma viagem que fiz no famoso e lendário trem Orient-Express (Oriente Express: A Viagem dos Sonhos) e que sempre quis fazer. Lá pelos meus treze ou catorze anos li o livro “Assassinato no Expresso Oriente” de Agatha Christie. Aliás, naquela época, acho que li todos os livros de Agatha. O caso é que, depois que li o tal livro fiquei querendo viajar no trem. Assassinatos à parte, eu me fixei no trem. E, por anos a fio me imaginava viajando nele. Sabia que era uma viagem cara, mas como sou teimosa nunca desisti do tal sonho. Como dizem que “a ocasião faz o ladrão”, no meu caso “a ocasião me levou à decisão”, realizando minha fantasia: Um “importante” aniversário de meu marido acionou o plano, e lá fomos nós!

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4. Qual dos destinos já publicados no blog virou campeão de audiência?
Nem sei se tenho essa audiência toda (risos). Acho que não tenho um campeão, mas alguns destinos clássicos como Paris e outros de aventura como o Caminho de Santiago (a pé) e o Canal de Midi (de bike) na França têm mais “curtidas”, comentários e/ou solicitações de mais explicações. Talvez, os destinos preferidos sejam aqueles demonstrados pela frequência de e-mails (ou mensagens) e, especialmente, quando as viagens são realmente concretizadas. O post “Paris: Sempre é bom voltar”, é um dos exemplos.

5. Na sua opinião, qual é o grande diferencial do seu blog?
Bom, eu descrevo tudo de maneira informal (e acho que também divertida). Não sei se isso é um diferencial, pois muitos outros blogs tem essa informalidade na escrita. Mas, foi como comecei, como me vi escrevendo sem sequer ter planejado isso. É a forma que gosto de relatar, conversando comigo mesma e com os outros, sentindo as emoções da viagem, “viajando” novamente.
Também tentei também dar ao blog um formato de “site” para que os relatos pudessem ser acessados em qualquer tempo, independente de ter sido escrito “antes ou agora”. Considero que sempre terão caráter de uma leitura atemporal para o divertimento do leitor. Já as dicas, que devem ser atualizadas, estão “ao lado” dos relatos. A seção “Você no Mundo” traz histórias de outros viajantes, que também me estimulam a viajar para outras paragens.
6. Quando escreve um post você se preocupa com o leitor, com a audiência, com o Google ou fica focado no simples prazer de relatar e compartilhar?
Eu tenho prazer em relatar. Penso no leitor, claro. Mas, escrevo também para mim e o faço sempre com a alma. Quando isso não acontece o relato fica frio, então espero “meu tempo”.

7. Como você cultiva sua comunidade de leitores, qual é sua relação com eles?
Bom, tento sempre “conversar” pela fanpage. Mas, principalmente respondo a cada pessoa que tem uma dúvida ou que quer dicas, seja “in box” do face ou através de e-mail. Nunca é uma resposta automática, eu tenho realmente prazer em responder e gosto de ajudar pesquisando todas as possíveis alternativas. Viro quase uma companheira na “viagem” da viagem.

8. Por que você resolveu se associar à ABBV?
Achei que seria legal compartilhar minhas experiências e principalmente ter mais acessos a outras experiências. Estou sempre buscando novidades! Além disso, compartilhar dúvidas, obter respostas e “ficar por dentro” das questões éticas sobre blogs de viagens, é uma grande vantagem! E, claro, acho que valoriza o blog!

9. Conte um mico ou perrengue de viagem?
Bom, acho que tenho alguns, mas não sei se são “publicáveis” (risos). Entretanto, na minha viagem de bike pelo sul da França tem dois que posso contar:
1) Levamos nossas bikes desmontadas, e quando fomos montar a minha, algo não se encaixava. Simples, veio quebrado um pedacinho de “não sei o quê” e o resultado é que passamos o dia numa “via crucis”, de oficina em oficina procurando a tal peça. E isso, empurrando a bicicleta pelas ruas de Toulouse. Boa forma de conhecer a cidade e de fazer exercício físico (à força, claro!).
2) Eu ia lá pedalando a beira do canal, e feliz da vida ia pensando: “que fácil que é pedalar aqui!”. Ao descer uma pequena “rampa” de cascalhos, cruzando em zigue-zague uma espécie de porteira, a bike saiu do meu controle e me jogou em cima de uma enorme raiz de platane, e “puft”, caí! Que droga! Excesso de confiança dá nisso! Como consolo, a primeira queda foi na França. Chique, né?
3) E tenho outro engraçado que aconteceu no trem “Orient-Express” (era pra contar só um, n’era?)... Almoçando no trem, tentamos dar uma de espertos e comer apenas um pouco de uma das entradas (no jantar do dia anterior vimos que a comida era muita: várias entradas, prato principal, sobremesas...). Bom, e o que aconteceu? O chef veio até nossa mesa, achando que não gostamos do tal prato e se ofereceu para preparar outra entrada diferente. E por mais que explicássemos que não era nada disso, de nada adiantou porque ele nos preparou outra entrada. Pois é, aí tivemos que comer mais! Grande esperteza, a nossa, para não dizer o contrário!

10. Qual sua meta 2014 para o blog?
Continuar escrevendo sobre minhas viagens, entrevistar outras pessoas sobre viagens que ainda não fiz, e contar algumas “news” que acontecem pelo mundo afora. Além disso, tentar colocar em dia o relato de algumas viagens que estão pendentes (ôps).

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Você acabou de conhecer a Engenheira Ana Célia Cavalcanti do Blog Ana no Mundo.

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Fotos: Ana no Mundo

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