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A importância de ter um domínio próprio

BY: ABBV / 5 COMMENTS / CATEGORIES: Criação de conteúdo

Por Frederico Marvila |

A maioria das pessoas, ao iniciar um blog de viagem, não se preocupa muito
em registrar um domínio próprio, pois elas geralmente não têm a pretensão
de profissionalizar o blog e querem que o blog seja apenas um espaço para
dividir seus relatos com seus amigos e familiares. Mas e se o blog começa a
crescer e surge a vontade de se profissionalizar? Se o domínio não for
próprio isso pode acarretar alguns problemas.

Registrar um domínio é algo que requer um pequeno investimento, razão pela
qual as pessoas ignoram esse detalhe ao começar um blog. Entretanto, o
registro não é caro e pode lhe poupar muita dor de cabeça no futuro.

Para se ter idéia, um domínio .com.br custa hoje 30 reais pelo período de
um ano, enquanto um domínio .com custa, em média, 10 dólares por ano. Por
ser tão baratinho, registrar um domínio próprio o quanto antes é
recomendado a todos que têm blog de viagem ou estão pensando em ter um,
mesmo que você não tenha a intenção de profissionaliza-lo. Até porque, se
no final do período de um ano você não quiser mais o domínio, você não é
obrigado a continuar pagando a taxa 🙂

Vantagens de se ter um domínio próprio:

* Um endereço para chamar de seu na Internet sem ter de usar o com .
blogspot.com ou .wordpress.com junto do nome do seu blog.

Além de ficar mais elegante ter um www.meublogdeviagem.com ao invés de um
meublogdeviagem.wordpress.com, isso mostra uma postura mais proativa por
parte do blogueiro.

* Poder mudar de servidor ou plataforma quantas vezes quiser sem se
preocupar em perder leitores porque o Google não acha mais seu blog ou
porque seus leitores não atualizaram os seus links favoritos.

Esse é sem dúvida o ponto principal e mais importante de se ter um domínio
próprio o quanto antes na vida de um blog.

Imagine que você tem o meublog.wordpress.com e que você já tem uma base
sólida de leitores e acessos e que seu blog aparece nas primeiras páginas
do Google. Muito bom, né? Pois então, Se seu domínio mudar e você não
conseguir fazer o redirecionamento corretamente (algumas plataformas grátis
não permitem esses redirecionamentos), o Google não conseguirá acessar seu
conteúdo pelo endereço antigo e começará a rebaixar seu blog até o ponto em
que ele não aparecerá nas buscas.

E isso é MUITO ruim para um blog que está tentando se profissionalizar, já
que a maioria dos acessos de um blog normalmente é gerado pelos buscadores
como o Google.

Você pode dizer: “Ah, mas é só eu não mudar o endereço do meu blog.” Isso é
verdade, mas em algum momento, você inevitavelmente precisará trocar de
servidor e registrar seu próprio domínio, já que servidores grátis não
comportam muitos acessos ou têm limitações que lhe atrapalharão cedo ou
tarde.

Perder o ranqueamento do Google e leitores porque seu endereço mudou é algo
que pode acabar com o ânimo de qualquer blogueiro, ainda mais se isso
acontecer depois de anos de dedicação.

Por isso fica a dica: registre um domínio próprio o quanto antes, de
preferência já na criação do blog.

Imagem:  Svilen Milev

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Blogs de viagem: como evitar clichês e escrever melhor

BY: ABBV / 46 COMMENTS / CATEGORIES: Criação de conteúdo

 

Por Sílvia Oliveira

Não sou especialista em nada. Nunca consegui memorizar as regras do hífen. Tenho enorme dificuldade com crase e, de vez em quando, até derrapo em uma ou outra regrinha ortográfica. O debate aqui é mais amplo. Estamos falando da banalização ou do uso exagerado de certos termos nos textos de quem escreve sobre viagem.

Entendo que existem lugares tão improváveis e difíceis de apresentar que só nos resta  chamar alguns destinos de “surreal”. O detalhe é que você não foi o único a pensar neste adjetivo e o mundo passou a ser “surreal” do Atacama ao riozinho que passa no fundo da minha casa.

Se você já postou sobre Foz do Iguaçu não deve ter resistido ao “maior espetáculo da natureza”. Já de cima da Torre Eiffel ou de qualquer barranco com mais de um metro de altura todo mundo tem “uma vista de tirar o fôlego”.

Ao abrir um blog, seja lá sobre qual tema for, você deve saber que redigir é um exercício complexo. Demanda tempo, conhecimento gramatical, cultura geral e, principalmente, bom senso. Colocar adsense e dar Ctrl C + Ctrl V não é bem o trabalho do blogueiro que pretende se profissionalizar.

Muitos recorrem às frases prontas porque o clichê é um ser de natureza fácil. Bonitinho, mas ordinário como diriam os adeptos dos trocadilhos infames. O clichê parece um raio de inspiração divina. É só fechar os olhos que o “de comer de joelhos” aparece na tela do seu computador. Já percebeu que não existe mais comida ruim neste mundo, tudo agora é “de comer de joelhos”? Pastel, tapioca, buchada de bode, pudim, jiló...

Sem contar o “ótima pedida”. Descer rio em cima de boia é sempre “uma ótima pedida”. Pra quem?  pergunto.  Eu ainda prefiro o singelo “legal” ou o tradicional “bacana” para dizer que a sugestão vale a pena. Na verdade o terror já começa no perfil do blogueiro: “viajante apaixonado e psicólogo nas horas vagas” ou “viajante apaixonada e professora nas horas vagas” ou “viajante apaixonado e engenheiro nas horas vagas”. Em resumo, todo mundo vive na estrada e só trabalha de vez em quando.

E quando a gente resolve abraçar alguns títulos cafonas e passa a chamar Roma de “Cidade Eterna” e Curitiba de “Capital Ecológica”? Já reparou que todo Mercado Municipal tem uma enorme diversidade de “cores, aromas e sabores”? Aliás, deste último já fui partidária durante muito tempo.

O “despir-se de preconceitos” sempre aparece naquele passeio antropológico que você, na verdade, odiou – mas não tem coragem de dizer. E, portanto, acaba se agarrando ao clichê mais brega de todos os tempos.

3 dicas básicas para melhorar seu texto

Escreva como se você estivesse conversando

Não me parece provável que você responda: “nossa, um espetáculo da natureza”, quando alguém pergunta o que achou sobre aquele destino. É bem razoável que saia um “maravilhoso”, “inesquecível”, “sensacional”: são adjetivos mais honestos, pessoais e cotidianos.

Comece pelo mais importante, não pelo óbvio

Abrir seu texto sobre Ouro Preto dizendo “Fundada no século 18, a antiga Vila Rica...” — pronto, perdeu o leitor. Experimente fazer o primeiro parágrafo do seu post com alguma experiência, opinião ou impressão particular. Dados históricos e geográficos são importantes, mas amolam menos se forem encaixados lá pelo meio do artigo.

Equilibre o tamanho do seu post

Se sua história é muito comprida seria mais interessante dividir o texto em alguns capítulos ou série. Quanto mais longo for o artigo, mais confuso, cansativo —  e cheio de clichês — ele corre o risco de ficar.

O discurso do blogueiro ganhou espaço porque se trata de uma conversa ao pé do ouvido, é o leitor conversando diretamente com o dono do negócio — sem atravessadores. Faça valer seu posto-patrão e cuide do seu blog como se ele fosse sua empresa.

Imagem: JeShoots

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