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Influenciadores digitais fazem parte da estratégia de marketing de 92% das marcas turismo

BY: Fernanda Castelo Branco / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Comunicação ABBV, Dados do setor, Mercado

Em pesquisa inédita com profissionais de marketing e turismo, ABBV apresenta como as empresas e órgãos do mercado estão desenvolvendo ações de marketing com blogueiros e influenciadores digitais

Iniciativas de relações públicas e assessoria de imprensa movem a maior parte (42%) das ações com influenciadores no segmento de turismo, mas são as ações de publicidade que estão com tendência de crescimento mais acentuada no mercado. Os dados são da pesquisa desenvolvida pela Associação Brasileira de Blogs de Viagem (ABBV) no fim de 2019.

A pesquisa foi realizada com participação de 118 profissionais de marketing e turismo, incluindo representantes de órgãos de turismo de destinos (33%), hotelaria (23%), empresas prestadoras de serviços diretamente relacionados ao turismo (tours, câmbio, seguros etc. - 22%) e agências de viagem (12%).

Ações com blogs e influenciadores digitais já estão bastante difundidas no setor de turismo, especialmente entre em agências de comunicação que atendem instituições e profissionais de marketing de empresas de serviço. Entre as 118 participações, 109 declararam ter realizado ações com blogueiros e influenciadores digitais nos últimos 12 meses e 117 declararam interesse em fazê-lo nos próximos 12 meses.

Que ações as empresas de turismo fazem com influenciadores?

As ações mais praticadas são aquelas vinculadas às atividades de assessoria de comunicação e relações públicas, como a divulgação de releases. No entanto, ações de publicidade estão com tendência de crescimento mais acentuada – como programas de afiliados ou apoio a eventos feitos por/para blogueiros e influenciadores. Também estão em alta contratações de publieditoriais (publicações pagas) e organização de press trips.

Pesquisa ABBV - grafico acoes com influenciadores

Credibilidade da experiência compartilhada

A divulgação do produto, serviço ou destino turístico é a principal motivação para a procura por influenciadores.  Maior parte das marcas entende que blogs e canais de mídias sociais têm papel fundamental na tomada de decisão dos viajantes. Também se destaca o interesse em alcançar um público qualificado – isto é, com segmentado por nichos e de acordo com o perfil de público-alvo da marca.

Ao buscar visibilidade das marcas, os profissionais de marketing e turismo valorizam conteúdo de qualidade e com credibilidade – o que também está relacionado ao compartilhamento de experiências reais e ao endosso agregado pelos criadores de conteúdo.

“Acredito que o futuro do marketing e da publicidade está muito atrelado à blogueiros e influenciadores, já que consumidores tendem a confiar muito mais em suas opiniões, o que é super positivo. Empoderar pessoas reais para falarem de suas experiências pode ser muito mais eficaz do que simplesmente fazer publicidade para a sua marca” - Marcella Pasquarelli, Online Affiliate Manager da WePlann.

Variedade de mídias na estratégia de marketing

Ao indicar as plataformas de conteúdo prioritárias para suas estratégias de marketing, os entrevistados puderam selecionar múltiplas respostas. Maior parte das instituições (74%) trabalha com um mix diversificado de plataformas, tendo selecionado mais de 3 tipos de mídia.

O Instagram – plataforma já habitual para práticas de influencer marketing – está entre as prioridades de 76% das instituições, inclusive pela afinidade com o conteúdo de turismo. Blogs e sites são prioritários para 61% das marcas, por serem conteúdos com ciclo de vida mais longo, com presença em buscadores, além da distribuição em redes sociais.

Pesquisa ABBV - grafico midias

Metodologia de seleção dos influenciadores

Outro fator que pesa no sucesso das campanhas é o perfil dos influenciadores selecionados. Busca e análise manual é a metodologia mais usada no setor (38%), destacando-se a avaliação qualitativa do conteúdo além da observação de métricas básicas como volume de público e engajamento. Apenas 13% dos profissionais declararam usar ferramentas para mapeamento e análise de blogs e perfis de redes sociais, e outros 5% mencionaram a contratação de agências especializadas em influencer marketing.

Existe uma grande participação de atendimento a demandas recebidas (23%) – quando o blogueiro ou influenciador entra em contato com a instituição demonstrando interesse ou apresentando alguma proposta de parceria. Assim como relacionamento direto e a troca de indicações entre profissionais de marketing (21%) é bastante frequente, visto que agências tendem a trabalhar com múltiplos clientes do setor de turismo e muitas instituições mantêm há anos um trabalho permanente de relações públicas.

Pesquisa ABBV - grafico processo de selecao de influenciadores

A pesquisa completa, com todos os dados analisados, está disponível para download gratuito através do link: Pesquisa Influencer Marketing no Turismo.

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Tecnologia em evidência no turismo – Entrevista com Magda Nassar, da ABAV

BY: Fernanda Castelo Branco / 1 COMMENTS / CATEGORIES: Dados do setor, Eventos

Uma das principais entidades de turismo no Brasil, a ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagem) representa mais de 2 mil empresas em todo o país, entre agências de viagens, operadoras de turismo e consolidadoras, que juntas respondem por cerca de 85% de toda a movimentação de vendas do setor.

Com 65 anos de história, a ABAV acompanhou muitos momentos de mudança no mercado, e agora vive mais uma nova fase. A evidência foi a programação da ABAV Expo este ano, que incorporou diversos temas relacionados ao universo digital, debatendo a incorporação de tecnologias, estratégias de marketing e também o relacionamento entre as empresas e os influenciadores digitais.

Entrevistamos Magda Nassar, presidente da ABAV Nacional, sobre o cenário atual do turismo no Brasil. Investidora, empreendedora e agente de viagens desde 1987, Magda é a primeira mulher na liderança da instituição, assim como foi a primeira a presidir a Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), entre 2015 e 2019.


1) No painel de abertura da ABAV Expo 2018, foi dito que o turismo é um ramo com capacidade de se recuperar rápido em cenários de crise. Como está o otimismo do setor este ano?

Magda Nassar - Estamos muito confiantes no fortalecimento do setor, inclusive devido a vitórias recentes como a abertura de 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas nacionais, isenção de vistos para turistas dos EUA, Canadá, Japão e Austrália e o veto à isenção na cobrança de bagagem. São fatores que devem estimular o setor a curto e longo prazo, com mais atrativos para turistas estrangeiros visitarem o Brasil e mais competitividade no setor aéreo, o que deve baratear o valor das passagens aéreas e expandir nossa malha aérea.

Além disso, vale destacar que, mesmo em um cenário de crise, o brasileiro segue com planos de viajar sempre que tem a oportunidade, seja em um feriado prolongado ou nas férias. O que acontece é uma mudança no comportamento do consumidor, que passa a buscar alternativas para viajar. Se o dólar ou euro estão mais caros, vemos um movimento de procura por viagens em destinos onde o câmbio é mais favorável ou então maior busca por destinos nacionais, por exemplo. As agências apoiam esse processo de decisão, pela capacidade que têm de fazer os ajustes necessários para que qualquer viagem caiba no bolso do seu cliente.

O mercado também contribui favoravelmente, pois nos momentos de maior instabilidade responde com promoções e vantagens, como opções de parcelamento maiores e dólar congelado. O turismo é um setor de suma importância para a economia nacional, representando 8,1% do PIB brasileiro e 6,9 milhões de empregos no país, segundo estudo do World Travel and Tourism Council (WTTC), divulgado em março de 2019.


2) A programação da ABAV Expo 2019 teve uma Arena Digital, com uma proposta de trazer abordar temas como transformação digital e marketing multicanal. Que inovações já vêm sendo aplicadas no mercado de turismo? Como o setor de serviços está se transformando para a era digital orientada à experiência?

Magda Nassar - O setor de turismo foi um dos que mais se transformaram na era digital, e é natural que o agente de viagens tenha que se adaptar ao novo cenário. É preciso apostar em novos canais de comunicação com o consumidor, investir em sites e portais que estimulem o engajamento e conversão, além de estudar a fundo dados dos usuários para identificar novos padrões de comportamento e desenvolver estratégias de vendas orientadas para as novas tendências de consumo.

Hoje em dia já vemos uma quebra de barreira das agências do chamado modelo "tradicional" se fazendo presentes também no meio digital, lançando mão de estratégias de marketing voltadas para o online e explorando mais as redes sociais para captar e fidelizar clientes. Nós, na ABAV, temos incentivado muito essa prática junto aos nossos associados, o que fortalecemos também por meio da oferta de cursos do ICCABAV – que este ano, por sinal, transformou a sua plataforma em 100% digital – e apresentações da Vila do Saber, que é a área dedicada à difusão de conhecimento da ABAV Expo.

A tecnologia teve grande destaque na ABAV Expo 2019, com ativações como a área de Inovação, em parceria com a Travelport, em que desenvolvedores apresentaram as tendências na área, e empresas consolidadas e startups trouxeram inovações desenvolvidas especialmente para o mercado de turismo, além de dezenas de outros expositores focados nas áreas da tecnologia da informação e gestão de sistemas.


3) A pesquisa realizada pela Panrotas este ano apontou que "o incômodo e o sentimento de competição que os profissionais de turismo tinham em relação aos influenciadores já foi dominado. Vemos as próprias agências e operadoras se utilizando desses canais para promover seus serviços". Como a ABAV vê este novo momento na relação entre agentes e influenciadores digitais?

Magda Nassar - Entendemos que, entre os vários fatores que afetam a decisão final do consumidor (promoções, condições exclusivas de pagamento etc), os influenciadores podem ser grandes aliados das agências, pois democratizam o acesso à informação e fomentam a curiosidade e o interesse de potenciais viajantes, além de criar o desejo por um destino turístico, um hotel ou uma experiência. Há, inclusive, agências de viagens que já atuam em parceria com esses profissionais para promover seus pacotes e serviços, com ótima taxa de conversão.

Na feira deste ano, tivemos algumas novidades significativas nesse sentido, como um lounge para influenciadores dentro do "Espaço Conectividade", que marcou a grande ação promovida este ano envolvendo 100 influenciadores digitais de lifestyle e viagens na divulgação do evento.


4) A inclusão e a diversidade são temas em alta na sociedade hoje, e que estiveram em pauta tanto na ABAV Expo 2018 quanto na edição de 2019. O mercado tem despertado para segmentos como o público negro, o público LGBT+, pessoas com deficiência e viajantes da terceira idade (que atualmente representam expressivos 22% entre os clientes das agências de turismo). Para além das oportunidades de produtos de nicho, qual o impacto social de se debater as questões específicas de inclusão?

Magda Nassar - O turismo é uma atividade democrática, com grande impacto cultural, por isso é muito importante que as agências estejam atentas à importância de atender aos mais variados nichos de consumidor e propiciar experiências memoráveis para seus clientes.

Mais uma vez, é importante que o agente se capacite e atualize seus conhecimentos para estar apto a atender demandas específicas de um viajante com deficiência, o público LGBT e até mesmo compreender algo relativamente novo, como a gordofobia e a transfobia, dois dos temas que trouxemos para o debate este ano. Por meio do turismo, é possível ter experiências de vida transformadoras e queremos que ele esteja ao alcance do maior número possível de pessoas.

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Desafios e oportunidades para profissionais de marketing e turismo

BY: Luisa Ferreira dos Santos / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Dados do setor, WTM Latin America

Quais são os principais desafios e oportunidades para os destinos e os profissionais de marketing e turismo atualmente? Tricia Neves Levy, Especialista de Mercado da Phocuswright, apresentou na WTM Latin America algumas das tendências que devem influenciar o setor este ano. Confira:

Startups versus gigantes

“A participação global de reservas de hospedagens está na mão de gigantes como o Booking, mas o crescimento dessas empresas está desacelerando, porque elas estão sobrecarregadas pelo seu tamanho - e, se o jogo for pelo volume, a chegada do Google no mercado de reservas muda o cenário”, afirmou Tricia. Segundo ela, isso abre espaço para o crescimento de startups: “É importante ficarmos atentos a esse mercado, porque o próximo Airbnb está por aí”.

Mídias online

“Hoje em dia, seu cliente está online em todos os estágios da viagem. Então o dinheiro para publicidade também deve estar”, afirmou Tricia. As marcas que tradicionalmente apostam em anúncios voltados para o momento de compra, encontram oportunidade de participar das etapas de planejamento e inspiração através, por exemplo, da cocriação de conteúdo com influenciadores digitais.

A executiva observou que existe hoje uma abundância de novos produtos e opções de segmentações, e cabe às empresas da área testar essas novas tecnologias o quanto antes. “Mídias visualmente mais atraentes, como redes sociais e vídeos, são especialmente relevantes e eficazes para o engajamento com a marca”.

WTM Latin America 2019 - Palestra Phocuswright Tendencias do Turismo
Tricia Levy, da Phocuswright, apresentou tendências do turismo

Inspiração da China

Outro insight da empresa vem de longe: na China, afirmou Tricia, o desktop praticamente morreu. “Quase todo o processo de compra é feito pelo celular. As pessoas usam apps super amigáveis que tomam conta de toda a jornada de compra dos viajantes, sendo ricos em conteúdo e inspiração”, explicou.

Assistentes de voz

O uso de assistentes de voz, como o Alexa e similares, também merece a atenção dos players de turismo. “Eles têm sido cada vez mais usados para tirar dúvidas e pedir recomendações, embora ainda não tanto para fechar negócios. No futuro, isso também deve aumentar”, disse a palestrante.

Por isso, as empresas do segmento devem pensar sobre como usar chats e serviços de voz para expandir sua presença online e em todos os pontos de contato com o cliente.

Busca por experiências

“Quando o AirBnb implementou as ‘experiências’ na sua plataforma, começou a provocar os players de atrações. Colocou moradores dos destinos em contato direto com os viajantes, sem intermediários além da plataforma, e vimos que muitos viajantes estão interessados em experiências diferentes”, disse Tricia.

Por isso, ela recomenda que receptivos tradicionais busquem formas de oferecer experiências diferentes, como as que permitem interação com moradores. Ao mesmo tempo, devem pensar em formas de inovar nos produtos turísticos clássicos. “Isso não significa a morte da Torre Eiffel, porque vivemos em um mundo em que não precisamos escolher entre uma coisa e outra. Os viajantes querem os dois”, acrescentou.

Mais que apenas dormir

A busca por experiências além do convencional afeta também as hospedagens. O que os viajantes buscam numa estadia está mudando, incluindo serviços que vão além do básico. Mais uma vez, a especialista mencionou o AirBnb como exemplo, já que a plataforma oferece aos usuários a possibilidade de se sentir como um morador do lugar, fazendo a hotelaria repensar a forma em que oferece seus serviços.

A tecnologia também é, segundo ela, uma fator importante nesse segmento. “Nos Estados Unidos, 65% dos hóspedes atribuem grande importância aos hotéis que investem em tecnologia para melhorar sua experiência, principalmente para reservas, check-in, check-out e pedidos de room service”, disse, observando a importância do investimento em novas tecnologias.

Luísa Ferreira é jornalista e autora do blog de viagens Janelas Abertas.
Foto em destaque: Sebastian Hietsch

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Como empresas podem fazer parte do planejamento de viagens

BY: Luisa Ferreira dos Santos / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Dados do setor, WTM Latin America

“O Brasil tem mais penetração de internet que de saneamento básico”, afirmou Aline Prado, líder de Insights para a indústria de turismo no Google, no início da sua palestra na última edição da WTM Latin America.

A afirmação dá a dimensão de como a tecnologia está presente em nossas vidas. No segmento de turismo, é claro que a situação não é diferente. Segundo o Google, em 2017 mais de 50% das reservas de hospedagem foram feitas online e 72% das passagens aéreas foram vendidas dessa forma.

O objetivo da palestra era mostrar como as empresas do setor podem continuar fazendo parte do planejamento de viagens nesse cenário em que os viajantes são cada vez mais independentes.

O papel dos Creators

Apesar do forte uso da internet para comprar produtos e serviços para viagens, o uso é ainda maior na fase de planejamento: as buscas por informação têm crescido 5 vezes mais que as buscas com intenção de compra - e essas demandas são atendidas por criadores de conteúdo, como blogueiros e youtubers. “Já víamos essa tendência no ano passado, mas este ano enxergamos uma acentuação”, observou Aline.

Atualmente, a empresa estima que 38% dos viajantes começam seu planejamento de viagens pesquisando no YouTube e 53% via busca do Google.  Em 2018, as visualizações de vídeo sobre viagem no Youtube cresceram 354%. Estar presente neste tipo de conteúdo, através de produção própria ou cocriação com influenciadores digitais, pode fazer a marca entrar no radar dos consumidores logo no início de suas decisões de compra.

WTM Latin America 2019 - Palestra Inspire Theatre Google Viagem na Era da Assistencia
"Creators às vezes se tornam referência em um tema", diz Aline Prado

Enquanto a multiplicidade de vozes continua presente, cada vez mais usuários direcionam suas pesquisas para conteúdos produzidos por “creators” específicos, que conquistam a confiança do público e se fortalecem como grandes players do mercado.

“Em 2008, as pessoas pesquisavam sobre viagens usando termos ligados a marcas em que confiam, como CVC e Decolar. Em 2012, vimos um rompimento dessa relação: as pessoas reduziram as buscas pelas marcas e começaram, junto com as pesquisas genéricas, a buscar pelos termos associados a nomes de criadores de conteúdo”, disse a palestrante.

Comportamento de compra

Aline Prado trouxe outros dados relevantes sobre o comportamento dos usuários que procuram informações sobre viagens na internet. Para muitos, as pesquisas começam ajudando a decidir o destino: 57% iniciam o planejamento sem saber para onde vão viajar.

A busca por destinos específicos tem caído, enquanto cada vez mais gente tem procurado por elementos ligados à experiência, como “pé na areia”, “com piscina” ou “para curtir com a família”.

E os dados também apontam insights interessantes sobre temporalidade. As buscas com intenção de compra, segundo o Google, se concentram entre o final de domingo e terça-feira. As buscas por conteúdo, por outro lado, são mais frequentes durante o final de semana.

“Começamos a entender que esse é cada vez mais um processo longo e perene”, acrescentou Aline. 56% dos viajantes começa a fazer reservas para uma viagem com mais de três meses de antecedência e 35% o faz de um mês a uma semana antes da partida. “A maior parte das reservas acontece 16 dias antes da viagem, mas o planejamento é muito anterior a isso”, disse.

WTM Latin America 2019 - Palestra Google Viagem na Era da Assistencia
Aline Prado, especialista do Google, no palco da WTM

O que isso significa para as marcas?

Uma das implicações desse novo padrão de comportamento para as empresas do segmento de turismo é que, teoricamente, os sites delas só aparecem no final da jornada de compra dos consumidores.

“O planejamento tradicional começa com a busca de informações e tomada de decisões. Depois vem a compra das passagens e então a reserva de hospedagens. Mas alguns players têm conseguido chegar antes, ajudando a determinar para onde e como vai ser a viagem desse usuário”, disse Aline.

Quase todas as principais empresas de turismo do Brasil tiveram queda em volume de buscas em janeiro deste ano, com exceção de Booking, Airbnb e Kayak. De acordo com a palestrante, essas empresas têm em comum o fato de não abordarem os usuários perguntando necessariamente para onde eles vão.

Os três sites, observa ela, oferecem a possibilidade de encontrar destinos de acordo com a experiência que a pessoa está buscando, como “viagem romântica” ou “viagem para famílias”. O Kayak também investiu em parceria com criadores de conteúdo, como a série de vídeos no canal Viaje na Viagem, que ajuda a responder algumas das grandes questões dos viajantes brasileiros na fase de planejamento das férias. Dessa forma, as marcas conseguem entrar na fase inicial da jornada de compra do viajante.

“Cada vez mais, quem vende viagens precisa oferecer conteúdo”, concluiu a executiva do Google.  Afinal, quase todas as viagens começam diante de uma tela, e quem faz parte desse início sai na frente da concorrência.

Luísa Ferreira é jornalista e autora do blog de viagens Janelas Abertas.
Foto em destaque: Sebastian Hietsch

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Serviços online e hospedagens alternativas: o futuro dos hotéis

BY: Fernanda Castelo Branco / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Dados do setor, WTM Latin America

Há pelo menos 5 anos o wifi está entre as comodidades mais buscadas pelos viajantes na hora de escolher uma hospedagem. Agora, a expectativa com relação à tecnologia já está além: 55% dos hóspedes consideram importante que a hospedagem use serviços online para oferecer uma experiência melhor.

Durante a WTM Latin America, a empresa de pesquisa Phocuswright apresentou dados de um estudo realizado em 2018 em parceria com a Google. Segundo o estudo, viajantes do Brasil e do mundo esperam que hotéis, albergues e anfitrões disponibilizem serviços adicionais e informações que facilitem a viagem, em tempo real.

Os dados indicam que 61% dos brasileiros usam mensagens online durante as viagens para buscar serviços de passeios, comparar e escolher produtos e interagir com concierge ou anfitrião. Eles querem dicas e indicações de serviços confiáveis.

Mais que estar à disposição para tirar dúvidas, a expectativa é que os anfitriões sejam proativos: 3 em cada 4 viajantes são simpáticos a receberem contatos com sugestões de passeios e serviços, mas desde que sejam customizados para seus interesses. Esse é um ponto crucial: caso o viajante não se identifique com as dicas e não as considere úteis, a comunicação se torna indesejável.

Assistentes de voz nos hotéis

A Alexa, da Amazon, já faz parte das rotinas de 47% dos viajantes americanos. “O uso ainda não é muito difundido entre os brasileiros, mas à medida que passar a ter suporte para o idioma português, os assistentes de voz se tornarão comuns no Brasil também”, disse Carolina Haro, executiva da Phocuswright.

Embora a praticidade de fazer pesquisas rápidas com voz seja muito atraente, a incorporação desta tecnologia na indústria hoteleira terá ainda que conquistar a confiança do público quando se trata de questões de privacidade, uma grande preocupação especialmente em ambientes como o quarto de dormir.

Mercado de reservas online

Serviços de reserva online, como Booking e Expedia, dominam o mercado atual: os hotéis não conseguem competir individualmente com os investimentos de marketing feitos pelas OTAs, então o que resta é garantir que a propriedade esteja bem representada, com boas fotos e avaliações, para aproveitar o potencial delas.

A comodidade de realizar reservas em poucos cliques e usar uma única plataforma para diversos tipos de hospedagem estão entre as grandes vantagens percebidas pelos consumidores. “Só a partir da 4ª reserva de um mesmo cliente o hotel tem chance de fidelizar e passar fechar negócio diretamente. E mesmo os programas de fidelidade têm seus desafios, pois o cliente entra para ter acesso aos benefícios, mas ainda é capaz de trocar por outras marcas que ofereçam melhor preço ou conveniência”, apresentou Carolina.

Mas o domínio de mercado das gigantes do turismo pode estar com os dias contados: a entrada da Google e da Amazon no segmento de reservas promete mudar o cenário já nos próximos 5 anos – tanto pela capacidade de investimento em tecnologia quanto pelo volume de dados de que dispõem sobre os hábitos dos consumidores. A tendência, segundo os cenários levantados pela Phocuswright, é que empresas como Booking e Expedia se tornem menos onipresentes e assumam um posicionamento mais especializado e de nicho.

Alugueis de temporada e hospedagens alternativas

O aumento da participação dos aluguéis de residência está mudando o mix na hotelaria, não apenas pelo crescimento de plataformas específicas como o Airbnb mas pela oferta de apartamentos por temporada em canais de reserva antes tipicamente usados por hotéis, como o Booking.

Quase metade dos viajantes brasileiros (46%) optou por acomodação alternativa nos últimos 12 meses, e com grande percentual de aprovação: 97% deles considera usar novamente e 86% recomendaria a amigos.

Um dado interessante apresentado por Carolina Haro em sua palestra na WTM é que, ao contrário do que se assumia quando houve o “boom” do Airbnb, não existe um tipo de hospedagem preferido por cada segmento de público. A distribuição aumenta em todas as faixas etárias, não apenas entre os jovens.

Um mesmo cliente considera as diferentes opções e escolhe sua hospedagem de acordo com o estilo de cada viagem e composição do grupo com quem vai viajar (em casal, em família, entre amigos etc.). A força dos hotéis, nesse cenário, ainda está nos serviços agregados – a começar por restaurante, recepção e concierge, mas também agenda de eventos e entretenimento.

Fernanda Castelo Branco é autora do blog Vontade de Viajar e Diretora de Comunicação da ABBV.
Foto em destaque: Nicole Honeywill

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10 tendências de viagem para 2019, segundo o Pinterest

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10 tendências de viagem para 2019, segundo o Pinterest

BY: ABBV / 2 COMMENTS / CATEGORIES: Dados do setor

O Pinterest se tornou uma das principais redes sociais para o segmento de turismo, onde os usuários montam seus quadros de inspirações e buscam por novas ideias. O conteúdo compartilhado no Pinterest de certa forma reflete as imagens que estão nos sonhos e nos planos das pessoas.

Os temas mais buscados e compartilhados na rede indicam as próximas tendências de viagem – interessante para a gente se inspirar na hora do planejamento de viagem e também na hora de criar conteúdo! Entre as principais as tendências para 2019, se destacam destinos mais remotos e menos lotados, além de viagens com menos impacto ambiental. Confira o top 10:

Ilhas remotas: Para além das ilhas mais famosas, como Floripa e Ilha Grande, há um crescente interesse por ilhas menos concorridas, sombra e a?gua fresca em um lugar tranquilo. As buscas por ilhas remotas ("less travelled islands", em inglês) tiveram um aumento de 179%.

Cidadezinhas charmosas: As pessoas querem conhecer cidadezinhas com paisagens bucólicas, pousadas charmosas e lugares tranquilos para descansar. As buscas por cidades pequenas para viajar ("small town travel", em inglês) tiveram um aumento de 276%.

Rumo ao desconhecido: A ideia de viajar sem saber o destino está se tornando realidade. Quem organiza a viagem combina com os amigos/família/casal de liberar a agenda, deixa o destino da viagem em segredo e só revela quando a viagem começa! As buscas por destino surpresa ("surprise destination", em inglês) tiveram um aumento de 192%.

Estilo medieval: Os viajantes estão deixando de lado os palácios luxuosos à procura de magníficos castelos em ruínas. As buscas por castelos abandonados ("abandoned castles", em inglês) tiveram um aumento de 142%.

Cores do outono: Todo mundo quer aproveitar o clima para curtir um fondue, um vinho ou um passeio entre as folhas secas. As buscas por paisagens de outono ("autumn scenery", em inglês) tiveram crescimento de 94%.

Viagens de bicicleta: Tanto os ciclistas casuais quanto os mais experientes querem explorar novos lugares pedalando. As buscas por passeios de bicicleta ("bike tours", em inglês) tiveram um aumento de 64%.

Sem desperdício: Para se fazer uma “viagem sem lixo” é preciso que o transporte, a alimentação e até mesmo a acomodação sejam estratégicos e sustentáveis. As buscas por viagem sem lixo ("zero waste travel", em inglês) tiveram um aumento de 74%

Resorts de águas termais: Sucesso como fonte de renovação e relaxamento, tanto em resorts de alto padrão quanto em meio à natureza, as buscas por águas termais ("hot springs", em inglês) tiveram um aumento de 32%.

Viagens de ônibus: Tanto em excursões rápidas quanto nas rotas que cruzam o país, os viajantes mais econômicos estão pegando a estrada. As buscas por viagem de ônibus ("bus travel", em inglês) tiveram um aumento de 32%.

Cidade Maravilhosa: Mesmo depois das Olimpíadas, o Rio de Janeiro continua lindo com a mistura de cidade, praia e carnaval. As buscas por Rio de Janeiro tiveram um aumento de 142%.

As tendências divulgadas pelo Pinterest levam em conta termos que registraram aumento do volume de buscas de forma constante por pelo menos 6 meses. Foi analisado o período de janeiro a setembro de 2018, em comparação a 2017.

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Férias acessíveis: o perfil do viajante de classe média no Brasil

BY: ABBV / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Dados do setor

Mesmo em um cenário de crise no Brasil, viagens continuam sendo a principal atividade para 77% dos brasileiros de classe média durante as férias. É o que aponta o estudo realizado pela ID Rock com a Opinion Box divulgado em junho.

Os maiores desejos dos brasileiros durante as férias são descansar (42%) e aproveitar o tempo em programas com a família (30%). O perfil desbravador de viajante que quer conhecer lugares e culturas diferentes aparece em terceiro lugar (20%).

A maior parte dos participantes da pesquisa sente que só não viaja mais por falta de dinheiro. Mas, para equilibrar o orçamento das férias, eles optam por opções de lazer acessíveis, como a procura por destinos de viagem dentro do estado onde moram (50%).

O gasto médio nas últimas férias ficou entre R$ 1.000 e R$ 2.500 para a maioria dos entrevistados. O transporte é apontado como o maior gasto da viagem, representando entre 20 a 39% do orçamento, enquanto hospedagem e alimentação aparecem em segundo lugar nas despesas, variando entre 20 a 29% do orçamento.

O pagamento à vista e o planejamento com antecedência também são parte do esforço para sair de férias sem dívidas – 23% dos entrevistados planeja a viagem com antecedência de 3 a 5 meses, e outros 26% com antecedência de 6 a 12 meses.

Apesar do crescimento da demanda por plataformas de aluguel por temporada (12%), os hotéis (28%) e pousadas (26%) ainda são as hospedagens preferidas.

Na hora de escolher o destino da viagem de férias, os sites de viagem são a segunda principal fonte de informações, atrás apenas das indicações de parentes e amigos. As avaliações feitas em redes sociais por outros viajantes são o terceiro fator de maior influência na escolha.

A pesquisa foi realizada pela ID Rock com a Opinion Box em abril de 2018, através de formulário online com 2.175 pessoas de todo o Brasil. As faixas de renda predominantes entre os participantes eram de 2 a 5 salários mínimos (70%) e 5 a 10 salários mínimos (13%).

Os dados completos da pesquisa podem ser adquiridos pelo site Pesquisas.com.br

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Consumidores querem mais experiências, menos coisas (e estão dispostos a gastar mais com viagens)

BY: Fernanda Castelo Branco / 2 COMMENTS / CATEGORIES: Dados do setor, WTM Latin America

Por Fernanda Castelo Branco | Blog Vontade de Viajar

A empresa de pesquisa Euromonitor divulgou o relatório apresentado pela executiva Marília Borges na WTM Latin America. De acordo com os dados do relatório, 37% dos latino-americanos pretendem aumentar os gastos com viagens de lazer e férias em 2018. Esta é a maior taxa de resposta em todas as regiões do mundo e está também acima da taxa de resposta global de 29%.

O ponto mais interessante da pesquisa é que a disposição em gastar mais com viagens está associada com a consolidação de um novo padrão de comportamento de consumo, que indica que as pessoas estão mais interessadas em experiências do que em coisas. A mesma pesquisa aponta, por exemplo, que 70% dos consumidores latino-americanos estão em busca de uma vida mais simples e prática.

Euromonitor - Turismo na America Latina

Busca por mais experiência de viagens e menos bens materiais

Em 2016, 36% dos consumidores globais indicaram preferir gastar seu dinheiro em experiências, em vez de bens materiais, e a expectativa é de que esse comportamento se acentue ao longo de toda a próxima década. Em todo o mundo, os gastos dos consumidores com experiências devem aumentar de USD 5,8 trilhões em 2016 para USD 8,0 trilhões em 2030, tendo em vista serviços de lazer, recreação, viagens e alimentação.

A tendência da valorização da experiência vem sendo observada nas pesquisas da Euromonitor desde a Grande Recessão de 2008/2009 e é um fenômeno verdadeiramente global, que se reflete entre todos os setores, produtos e serviços.

Euromonitor - Tendencia Experience More

Turismo com foco em experiências locais e autênticas

No turismo, as empresas estão buscando soluções tecnológicas para oferecer ao viajante a capacidade de aproveitar ao máximo sua experiência de viagem. Mas também estão apostando na comunicação de posicionamentos de marca mais associados a estilo de vida.

Junto com a busca por experiências surgiu um movimento crescente de valorização da autenticidade. Empresas que trabalham com o apelo de experiências locais, como o Airbnb, tiveram um bom desempenho, formando com seus usuários uma relação de comunidade baseada em valores e interesses compartilhados.

Euromonitor - Turismo de experiencia

Segundo a pesquisadora Marília Borges, o hábito de priorizar experiências em vez de coisas materiais está relacionado com uma maior inclinação para marcas com as quais o consumidor sinta que consegue se engajar – no sentido de ter uma experiência vista como autêntica e customizada.

O relatório “The Consumers’ Search for Travel Experiences” apresentado na WTM Latin America 2018 também oferece uma visão geral do cenário de turismo na região, incluindo um ranking dos destinos que têm se destacado. O documento completo está disponível para download no site oficial do evento.

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#ABBVnaWTM – A transformação digital no turismo

BY: Fernanda Castelo Branco / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Dados do setor, WTM Latin America

Por Fernanda Castelo Branco | Blog Vontade de Viajar

"Não existe mais o conceito de viagem online. É apenas viagem. Online é a forma como fazemos qualquer coisa hoje em nossas vidas". A pesquisadora Carolina Haro, sócia-executiva da Phocuswright, abriu sua palestra na WTM Latin America demonstrando que as tendências de tecnologia e de comportamento do consumidor estão fortemente relacionadas.

Dos viajantes brasileiros, 86% usam a internet para reservar serviços e planejar roteiros - taxa que vem registrando crescimento acelerado com a popularização dos smartphones.

O investimento em marketing digital passou de importante a indispensável para as empresas de turismo - a começar pelo desenvolvimento de um site responsivo (funcional e agradável de usar em dispositivos mobile), que se torna peça central para o bom desempenho da marca nas pesquisas orgânicas e nas redes sociais.

A parceria com criadores de conteúdo digital também pode ser estratégica para as marcas. "Os blogs de viagem são um dos mais importantes canais de divulgação e informação no turismo hoje. Temos um dado de pesquisa da consultoria Mapie que indica que 98% dos viajantes brasileiros escutam as recomendações dos blogueiros com que se identificam", comenta a especialista.

Concentração nas reservas de hotéis

Haro apontou o movimento de concentração no mercado de reservas de hotéis: cerca de 66% das reservas acontecem via Priceline (Booking) ou Expedia. Em 2011, esses grupos respondiam por 38%. "A tendência é que os grandes grupos continuem crescendo. É preciso ter estratégia de posicionamento e se aliar a eles".

Também uma grande potência em hospedagem, o Airbnb se destaca nesse cenário pela abordagem inteligente para conquistar espaço no mercado: seu crescimento se dá através da criação de uma comunidade e da recomendação entre usuários, o que liberta a marca de competir por SEO.

Incorporação de novas tecnologias

As tendências apresentadas pela Phocuswright na WTM tornam evidente que o turismo se tornará um setor altamente orientado por dados.

"A digitalização gera registro de dados em cada etapa. Quem souber tratar esses dados para interpretar os perfis demográficos e comportamentais, e para oferecer customização dos serviços, vai ter mais sucesso em aproveitar as oportunidades. O mercado de viagem será dominado pela estatística", afirma Haro.

Ao debater temas como chat bots e realidade virtual, a pesquisadora cita Roy Amara: "Tendemos a supervalorizar o impacto de novas tecnologias no curto prazo e subestimar seus efeitos no longo prazo".

Embora suas aplicações ainda sejam incipientes no mercado, as plataformas de assistentes virtuais começam a mudar o comportamento dos usuários em relação à tecnologia, assim como a realidade virtual já mostra seu potencial para influenciar a tomada de decisão no consumo de turismo e agregar às experiências do viajante.

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Publicado em

Tendências do turismo: que tipos de viagem estão em alta em 2018?

BY: ABBV / 0 COMMENTS / CATEGORIES: Dados do setor

O comportamento dos viajantes acompanha uma série de tendências sociais, de consumo e de informação. Para blogs de viagem e empresas do setor de turismo, é interessante acompanhar a evolução dos hábitos e prioridades do público.

A 4ª edição da pesquisa de mercado divulgada pela Momondo oferece informações valiosas para compreender o cenário do turismo em 2018.

1. Destinos inexplorados

Enquanto destinos tradicionais e famosos, como Veneza e Barcelona, estão enfrentando a superlotação de turistas, cidades menos concorridas e mais baratas têm encantado os viajantes, como Sevilha e Valência, locais históricos e culturalmente importantes para a Espanha.

2. Turismo Culinário Autêntico

Em 2017, a tendência era procurar por "comidas bonitas", que pudessem facilmente gerar curtidas no Instagram. Para isso, as pessoas comiam nos restaurantes mais renomados do mundo. Agora, o que está ganhando espaço é a busca por uma gastronomia mais econômica e autêntica. Aumentam a popularidade de mercados, restaurantes mais informais e sites como EatWith e Meal Sharing, que são o "Airbnb da gastronomia" e oferecem a chance de compartilhar uma refeição com moradores locais.

3. Grandes jornadas

Está crescendo o turismo como uma experiência de auto conhecimento e superação. Há uma onda de viajantes que, em vez de buscar destinos tradicionais, estão preferindo experiências de imersão e atividades mais desafiadoras como completar a maratona de Nova York, escalar o Monte Kilimanjaro e percorrer o Caminho de Santiago de Compostela.

4. Bleisure: trabalhar e turistar

O nomadismo digital, os negócios globais e a busca por equilíbrio entre a vida pessoal e a rotina profissional estão mudando a forma como as pessoas encaram as viagens a trabalho. As estadias estão se tornando um pouco mais longas e os roteiros estão sendo repensados para incluir mais atividades de lazer entre um compromisso e outro. Isso é uma grande oportunidade para redescobrir cidades que eram conhecidas apenas por seus centros financeiros e industriais - como Detroit, nos Estados Unidos, que tem investido em novos espaços culturais e restaurantes.

5. Hotéis com foco nos espaços comuns

Os albergues tiveram um salto de qualidade na última década e se tornaram alternativas interessantes para viajantes que não necessariamente fazem o estilo "mochilão". Agora, os hotéis parecem estar respondendo com a criação de espaços amplos para a convivência, que eram características diferenciais dos albergues. O investimento está de acordo com o que os viajantes atuais esperam: conhecer pessoas novas.

6. Viagem multigeracional

O turismo em família não é uma novidade, mas o que se percebe agora é o aumento das viagens multigeracionais. Não se trata apenas dos pais viajando com os filhos, mas também os avós com os netos, ou tios e primos de diferentes idades. Na hora de escolher o destino, entram em cena a acessibilidade e a oferta de atividades em grupo e opções ecléticas.

7. Turismo consciente

Sustentabilidade é uma temática em alta no mundo todo, e os viajantes de hoje estão refletindo sobre os impactos de sua viagem. Eles têm buscado destinos "eco-friendly" e produtos orgânicos, mas também maneiras de incentivar a economia local, adquirindo bens em pequenos comércios.

Com informações da Agência Italiana de Notícias (ANSA).

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