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ABBV anuncia nova diretoria jurídica e parceria com escritório de advocacia

BY: ABBV / 2 COMMENTS / CATEGORIES: Comunicação ABBV, Parcerias

É com enorme satisfação que a Associação Brasileira de Blogs de Viagem anuncia a entrada da associada Paula Brum como nova Diretora Jurídica da gestão 2018/2020. A nomeação foi feita com base no artigo do Estatuto da ABBV que prevê a existência de diretores auxiliares.

Paula Brum é advogada com ampla experiência em direito digital e integra o quadro de diretores com o objetivo de auxiliar com questões legais da Associação e liderar a Comissão de Ética, orientando os associados a tomarem decisões acertadas. A criação da nova Diretoria reforça o compromisso da ABBV em apoiar a profissionalização do trabalho do blogueiro de viagem em todas as frentes de atuação.

Parceria para assessoria jurídica

De forma paralela às atividades institucionais, a Diretoria firmou parceria com o escritório Brum Cerato Corbellini & Manica Advogados Associados (SC - OAB/RS 2700), que presta assessoria em Direito Digital.  O escritório passa a oferecer aos associados ABBV descontos de 5% a 35% nos honorários de consultas de assessoria jurídica e ações no âmbito profissional.

Essa é mais uma parceria que reforça a profissionalização da categoria, ao dar ao blog associado benefícios que os auxiliarão a cuidar das questões legais e éticas envolvidas em sua atividade.

Quem é associado ABBV, além de ser reconhecido como blog ético e integrar a entidade que representa os blogueiros de viagem no Brasil, tem acesso a diversos benefícios. Se você ainda não faz parte da ABBV, leia nosso F.A.Q e veja se seu blog se enquadra nos pré-requisitos e está de acordo com nosso Código de Ética. Se você compartilha de nossa filosofia e valores, associe-se já!

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ABBV repudia ações de marketing disfarçadas de concurso cultural

BY: ABBV / 3 COMMENTS / CATEGORIES: Comunicação ABBV

Ideia - gyulavari Csaba

A nova moda das empresas que desconhecem ou ignoram os princípios éticos que regem o mercado é lançar campanhas de marketing com o codinome “Concurso Cultural”. Em tese, concursos culturais deveriam ser uma brincadeira que incentiva a criatividade do participante sem o uso de sorteios.

Mas o que se vê ultimamente são manobras por trás de concursos desta natureza que buscam utilizar a mão de obra dos blogueiros para alcançar o maior número possível de posts publicados sobre a marca/empresa/destino (além de menções nas redes sociais). Em troca apenas a mera participação sem garantia de prêmio algum, muito menos com remuneração plausível.

Isso sem contar que o concurso que tem como objeto a promoção de produto ou serviço não é exatamente um concurso cultural e, sim, um concurso com necessidade de obtenção de autorização da Caixa Econômica Federal para funcionar. Ações semelhantes sem esse registro podem, inclusive, ser denunciadas à CEF para que a instituição tome as devidas providências.

Logo que a ABBV foi lançada, em 2012, a associação se posicionou veementemente contra à ação de uma empresa de cruzeiros que pedia aos blogueiros participantes do tal concurso que escrevessem sobre um determinado navio sem ao menos conhecer a embarcação. Essa dinâmica se repete cotidianamente no mercado. O mais recente “Concurso Cultural” desse tipo foi proposto pelo Grupo Companhia, empresa de comunicação com diversos clientes na área de turismo.

A proposta quer levar um blogueiro de cada estado do Brasil para uma viagem de luxo de três dias para Brasília com um acompanhante. E para participar “basta” o blogueiro publicar um post sobre a Capital Federal com a assinatura do “concurso cultural” e, claro, divulgar o texto no Twitter, Facebook e Instagram com a hashtag estabelecida pela promotora do concurso.

A mídia espontânea está garantida para o cliente do Grupo Companhia, mas a chance real do blogueiro ganhar o concurso não está clara, uma vez que a própria empresa usa de recursos pouco transparentes ao destacar que se reserva ao direito de selecionar os vencedores com critérios a serem estipulados por júri interno. Quais critérios?

Ações de marketing com este caráter estão na contramão das diretrizes estabelecidas pela ABBV em seus Estatutos Sociais e Código de Ética. Prezamos pela relação saudável entre mercado e blogueiros, posição que incentiva fornecer informação isenta ao nosso leitor. Entendemos que participar de ações como esta é uma escolha pessoal. No entanto, a ABBV recomenda que seus associados não integrem, estimulem ou façam parte de iniciativas semelhantes, uma vez que o blogueiro usa seu tempo e credibilidade de graça para chancelar uma empresa comercial.

A insistência na publicação massiva de posts que divulguem um destino, um produto e/ou serviço — sem uma contrapartida financeira legítima e concreta (seja através de banners ou publieditorial) — ofende e tenta diminuir a importância do material mais precioso produzido por um blogueiro: seu conteúdo!

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Foto: Gyulávari Csaba | FreeImages.com

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Como denunciar uma violação de direitos autorais (plágio)

BY: ABBV / 13 COMMENTS / CATEGORIES: Criação de conteúdo

Por Sut-Mie Guibert

Ser blogueiro dá trabalho! Mas sabemos que, volta e meia, um site opta por “seguir o caminho mais fácil” e pular esta parte! Resultado: lidar com o plágio é uma das mazelas da profissão! Existe o pensamento muito disseminado de que “se está na internet é de domínio público”, mas não é bem assim...

Muitos acham que a cópia é permitida se o link original for citado no final do post, e não raro o plagiador argumenta que, na verdade, está ajudando a divulgar ambos, o post original e o blog! Ou seja, esses ainda desejam profundos agradecimentos! Encontramos assim muitos blogs que se alimentam do conteúdo de outros blogs, através de um “plug-in” tipo feed, que reproduz os posts publicados de blogs escolhidos.

São Blogs/Sites que não produzem conteúdo nenhum, que não têm trabalho criativo algum de própria autoria, mas acabam criando um site super informativo, já que tem uma variedade de assuntos, em função dos “blogs vítimas” escolhidos. E, obviamente, enchem esse site de publicidade Adsense ou outros, gerando uma fonte de renda que funciona praticamente sozinha.

De vez em quando aparece um site desses - semana passada mesmo, descobrimos mais um site que puxava os posts de vários dos blogs associados! Por isso acreditamos que é importante e um bom momento compartilhar a experiência das melhores atitudes a tomar nestes casos:

1) Primeiro sugerimos procurar algum contato, como um e-mail para o qual você possa escrever e expor a sua vontade expressa de que o plágio do seu post seja retirado. O problema é que, em geral, esse contato obviamente não existe. Outra opção é deixar um comentário no seu post plagiado pedindo para que este seja retirado.

Também é bom verificar se esse blog tem Fan Page no Facebook. Pode ser que o seu post esteja lá também estampado, com uma chamada para o site! Ali também você pode deixar o mesmo comentário. O quanto mais você puder demonstrar a sua vontade, melhor – mas cuidado para não ser agressivo ao escrever. Expresse a sua solicitação de forma clara e objetiva (pode parecer absurdo, mas o plagiador pode inverter a situação e querer “arrumar” problemas, dizer que está sendo assediado, etc). O que pudermos fazer para evitar problemas, melhor.

2) Se o plagiador não retorna o contato e não resolve, partimos então para a etapa seguinte: denunciar o blog plagiador à sua hospedagem e podemos preencher uma DMCA Digital Millennium Copyright Act (em português, Lei dos Direitos Autorais do Milênio Digital). Trata-se de uma lei de direitos autorais dos Estados Unidos que criminaliza não só a infração do direito autoral em si, mas também a produção e a distribuição de tecnologia que permita evitar medidas de proteção dos direitos de autor.

Neste caso, há alguns caminhos possíveis:

  • Se o blog infrator estiver no Blogger, denuncie aqui!
  • Se o blog infrator estiver hospedado no WordPress.com, denuncie aqui!
  • Se o blog em questão já estiver com domínio próprio, para descobrir onde o blog está hospedado, acesse o Whois
  • Se o plagiador está hospedado no hosgator: www.hostgator.com/dmca

3) Se o caso chegar a esse ponto, podemos também fazer uma denúncia ao Google através deste link para solicitar que os links plagiados sejam removidos do sistema de busca. A denúncia é feita por meio de um formulário específico, que é avaliado pelo Google.

Todos têm mais ou menos a mesma estrutura e obedecem a DMCA (cujo o texto pode ser encontrado no site do U.S. Copyright Office). Você precisa preencher o formulário com:

  • Seus dados (nome, nome do Blog, e-mail, país de residência),
  • Descrição do seu blog com URL,
  • Descrição do Material que supostamente representa violação (URLs do material supostamente infrator cuja remoção você está solicitando. Se este aviso abrange mais do que um trabalho protegido por direitos autorais, você vai inserir os URLs infratores de cada trabalho violado) e no final,
  • Declarações juramentadas de que a pessoa realmente não teve a sua autorização para reproduzir o seu material e
  • Sua assinatura eletrônica.

No exemplo que usei da semana passada, imediatamente após ter preenchido o formulário, recebi um e-mail com número de atendimento (ticket ID) e 2 dias depois, uma resposta dizendo que o plagiador já havia retirado os posts plagiados do ar, o que, efetivamente aconteceu. Portanto, serviços rápidos e aparentemente eficazes! Se a pessoa não tivesse tomado essa atitude antes, certamente o seu site sairia do ar e também do Google.

Ao encontrarem um site desses, que se alimenta dos posts de outros blogueiros, não se esqueçam de avisar igualmente os colegas (é assim que ficamos sabendo do plágio, ou por pingback no seu blog)! Quanto mais pessoas preencherem a DMCA, mais rápido o site plagiador será investigado e poderá sair do ar!

Não vamos nos iludir: esses sites de má fé sempre vão existir, mas quanto mais informados e coesos estivermos, melhor!

 


Sut-Mie Guibert  é jornalista, formada em Comunicação Social pela Sorbonne, França — onde nasceu. Atualmente é Diretora de Mobilização e Integração da ABBV e editora do blog Viajando com Pimpolhos.

Fotos: Jakub Krechovicz (1ª), Alfonzo Díaz (2ª) e Kamatero (3ª) | Stock.Xchng

 

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Um jabá indigesto | Sobre o caso CONAR, Sephora e blogueiras de moda

BY: ABBV / 13 COMMENTS / CATEGORIES: Mercado

Por Janaína Calaça |

Na minha terra, jabá é sinônimo de carne seca. Com jerimum, ele fica ainda mais gostoso. Mas jabá também é um termo que nasceu na indústria musical e que agora é relacionado ao meio da publicidade. O termo é pejorativo e quem faz jabá, sem sinalizar que está fazendo, pode acabar com uma tremenda indigestão, daquelas que nunca tive comendo carne seca com jerimum.

 Recentemente, estava passando os olhos pelo Twitter, quando uma “manchete” me chamou a atenção: “Conar vai investigar post pago em ação da Sephora em blogs de moda”. O link associado à “manchete” me levou até uma matéria publicada na Istoé Dinheiro (uma dentre muitas que pipocaram momentos depois).

Segundo o artigo, assinado pelo jornalista João Varella, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) abriu um processo contra a Sephora e contra três blogueiras de moda para investigar se, na ocasião da abertura de uma unidade da marca no Brasil, as sugestões de compra publicadas pelas blogueiras em questão seriam espontâneas ou se seriam publicidade não sinalizada.

A partir desta matéria, outras foram publicadas, assim como comentários e posts nas redes sociais sobre o caso. São múltiplas as perspectivas sobre a recente polêmica: muitos afirmam que estava demorando para o Conar se manifestar com relação à publicidade em blogs; outros de que trata-se de uma manobra dos grandes meios de comunicação para minar a força dos blogs, já que estes estão recebendo investimentos de várias empresas; outros sinalizam para as propagandas disfarçadas nas novelas (detergentes, máquinas de lavar, carros etc.) e em alguns programas de entrevistas, de auditório, entre outros, que não são investigadas; ou seja, há vários olhares direcionados para o mesmo fato.

A intenção de trazer este caso à discussão não foi para condenar as blogueiras, a Sephora ou os meios tradicionais, que disfarçam seus jabás em forma de “cotidiano”, por exemplo, nas novelas, mas para reacender a discussão sobre como os blogs precisam zelar por sua credibilidade. Publicidade nos principais meios de comunicação (revistas, jornais, programas televisivos etc.) é mais do que conhecida. É justamente ela que mantém grande parte desses meios em funcionamento. Coma consolidação dos blogs também como um meio de comunicação, uma mídia a ser levada em conta pelo seu poder de alcance e proximidade com o leitor, a publicidade também passou a bater em nossa porta, através de publieditoriais, tweets e menções patrocinadas no Facebook, banners, fam trips, entre outras formas de divulgação.

Assim como as mídias tradicionais têm na publicidade uma forma de manter suas estruturas, muitos blogueiros, que estão investindo na profissionalização de seus espaços, também encontraram nesta seara uma forma de gerar uma renda extra ou até mesmo a sua renda total (muitos desses espaços, inclusive, tornaram-se empresas). A problemática da publicidade nos blogs, assim como nas mídias tradicionais, não está na presença da publicidade e do capital investido, mas na forma como esta é veiculada. O erro está na publicidade mascarada e não sinalizada.

Se uma empresa procura seu blog para anunciar um produto, você pode e deve negociar preços, prazos, formas de pagamento etc. O único ponto não negociável é a obrigatoriedade de sinalizar a publicidade em seu espaço (seja através de tags, banners ou uma observação). Apesar de muitas empresas estarem alinhadas com esta necessidade, há muitas que tentam ludibriar o consumidor e não são raras aquelas que pedem para que um post pago não seja sinalizado como tal.

 O blogueiro pode até ganhar com aquela campanha, com um determinado produto, escondendo a publicidade e fazendo “média com a empresa”. No entanto, no momento que a “bomba estourar”, como no caso da Sephora e as blogueiras de moda, certamente estes acordos de cavalheiros não serão mantidos. Cada um defenderá seu lado e sua versão e, como a corda sempre rompe no lado mais fraco, certamente quem perderá a credibilidade é o blogueiro, já que as grandes empresas possuem advogados e assessoria de imprensa a postos para resolver seus problemas judiciais e de imagem. O blogueiro, que tinha como principal capital sua credibilidade, perde o que tem de mais valor: a crença e a confiança dos seus leitores, afinal ninguém curte ser enganado. O jabá, antes tão atraente, passa então a ser indigesto, difícil de engolir.

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Janaína Calaça é blogueira e escritora. Fundou o blog  Jeguiando em 2008.

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ABBV repudia ação de marketing da MSC Cruzeiros para blogueiros

BY: ABBV / 31 COMMENTS / CATEGORIES: Mercado

A MSC Cruzeiros, desconhecendo ou ignorando os princípios éticos que regem o mercado, propõe - através de uma ação de marketing divulgada esta semana - que blogueiros escrevam sobre seu novo navio sem ao menos conhecer a embarcação.

A empresa, em vez de buscar os caminhos tradicionais da negociação de publicidade, resolveu oferecer em troca da publicação de posts sobre seu produto o direito do blogueiro a participar de um concurso “cultural”.

Fica claro o objetivo da empresa: conseguir a publicação do maior número possível de posts sobre seu novo navio.

A proposta da MSC Cruzeiros vulgariza o trabalho dos blogueiros ao insistir na publicação massiva de posts que divulguem seu navio sem oferecer uma contrapartida financeira concreta — seja através de banners ou Publieditorial (post patrocinado).

A situação se torna ainda mais alvitante quando é evidente a despreocupação da campanha com a veracidade da informação que será oferecida aos leitores dos blogs, uma vez que incentiva o blogueiro a pesquisar sobre o novo navio em sites e redes sociais em busca de conteúdo para seu artigo.

A ação de marketing promovida pela MSC Cuzeiros está na contramão das diretrizes estabelecidas pela ABBV. Buscamos uma relação transparente e idônea entre empresas e blogueiros e, por consequência, entre blogueiros e seus leitores.

Imagem: Svilen Milev

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