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Acessibilidade digital: como tornar seu blog mais inclusivo

BY: Fernanda Castelo Branco0 COMMENTS CATEGORY: Criação de conteúdo

O Movimento Web para Todos foi idealizado em 2017 para transformar a internet brasileira em um ambiente mais inclusivo. A iniciativa promove práticas que facilitam a navegação do conteúdo digital por pessoas que possuem mobilidade reduzida ou dificuldades motoras, pessoas surdas e com baixa audição, pessoas cegas, com baixa visão e daltônicos – além de uma série de outras deficiências, como intelectuais, cognitivas e múltiplas.

Estamos falando de um público potencialmente grande: são 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência (Censo IBGE 2010). Porém o MWT estima que atualmente somente 5% das páginas da web brasileiras são acessíveis para eles.

Tecnologias assistivas para a acessibilidade

A tecnologias assistivas são softwares que auxiliam a navegação online ou adaptam o conteúdo para quem não consegue acessar da forma habitual. Alguns exemplos são controles de cursor com movimentos da cabeça ou comando de voz para usuários que não podem usar teclado e mouse, aplicativos narradores de conteúdo para usuários com baixa visão, ou mesmo avatares que traduzem o texto para Libras - linguagem de sinais usadas por deficientes auditivos.

Tecnologias como essas permitem que muitos desses usuários possam realizar atividades online que pesquisar, consumir entretenimento e comprar pela internet.

Como tornar seu blog mais acessível

O que criadores de conteúdo, designers e desenvolvedores podem fazer para tornar o blog mais amigável para pessoas com deficiência e mais adequado para tecnologias assistivas? A atenção a alguns pontos pode fazer a diferença:

  • Prefira escrever na ordem direta: isso auxilia a interpretação dos avatares de Libras e, principalmente, a compreensão por parte de pessoas com dislexia e com baixo letramento, por exemplo.
  • Não exagere nas figuras de linguagem: elas podem ser um bom recurso estilístico mas é importante evitar exageros, pois são difíceis para a interpretação dos avatares de Libras e podem afligir pessoas com autismo.
  • Descreva as imagens informativas: use a função “image alt” para descrever a imagem ao criar um artigo para o blog – desta forma, softwares de leitura para cegos conseguem descrever as informações visuais de mapas, fotos, tabelas, ilustrações etc. O Instagram recentemente também adicionou essa funcionalidade.
  • Indique o destino dos links: evite chamadas genéricas como “Clique aqui”, “Saiba mais”, “post”. De preferência, use textos âncoras que indiquem o destino do link, citando o nome do site, por exemplo.
  • Ao produzir vídeos: insira legendas e avalie também incluir descrição de conteúdos que não sejam falados no vídeo, para que cegos não percam essas informações. Assim como conteúdo em áudio, como podcasts, devem ter transcrição.
  • Escolha estilos de fonte fáceis de ler: evite letras com estilo desenhado demais, ou com tamanho muito pequeno. As cores do texto e dos demais elementos também devem ter contraste em relação à cor do fundo.
  • Use botões de tamanho adequado: itens muito pequenos ou muito perto um do outro podem dificultar o clique para pessoas com dificuldade motora.

Muitas dessas práticas de acessibilidade digital são positivas de forma geral para o blog, inclusive para posicionamento nos mecanismos de busca, além de beneficiar outros usuários, como pessoas mais idosas. Saiba mais no site do Movimento Web para Todos.

Foto em destaque: Josh Calabrese


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